Os planos para se aposentar começam agora. Saiba como!

Planejar o futuro e saber a fonte de renda para quando se chegar na melhor idade é uma preocupação da maioria dos trabalhadores brasileiros. Isto ficou ainda mais forte depois de 2019, quando houve a Reforma da Previdência, e a idade mínima necessária para dar entrada na aposentadoria aumentou. No caso dos homens, a idade mínima subiu de 60 para 65 anos e o tempo de contribuição com o INSS saltou de 15 para 20 anos.

As mulheres, antes da reforma, poderiam dar entrada na aposentadoria por idade com 55 anos, tendo contribuído por pelo menos 15 anos com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Hoje elas têm de ter no mínimo 62 anos de idade e o tempo de contribuição com a previdência social é o mesmo, de 15 anos – no mínimo.

A aposentadoria urbana por idade é a mais procurada na previdência, mas tem ainda outros tipos, como a aposentadoria rural, especial e por invalidez. No caso da rural, as mudanças nas regras foram menores, as mulheres continuam podendo se aposentar com 55 anos e os homens com 60 anos de idade.

O maior tormento para os trabalhadores – quando o assunto é aposentadoria – é justamente pensar na longevidade que ficou para alcançar este momento da vida. Muitos sequer sabem que não é preciso, necessariamente, esperar chegar aos 65 anos ou aos 62 anos de idade para se aposentar. Pode ser bem antes e com uma renda relativamente boa. Para isto basta fazer um planejamento, conforme orienta o professor do curso de Direito do Centro Universitário Estácio São Luís, Carlos Venâncio Sousa.

Ele é especialista em Direito Previdenciário e destaca que cada caso precisa ser avaliado e analisado para saber em quais regras o trabalhador se enquadra para ter uma boa aposentadoria. “O planejamento previdenciário garante a melhor renda possível na melhor idade possível, dentro da realidade do trabalhador, para dar entrada na aposentadoria”, esclareceu.

Venâncio pontuou que as mudanças estabelecidas pela Reforma da Previdência em novembro de 2019 tornaram mais difíceis as regras para a aposentadoria. “Hoje, em regra, você se aposenta por idade e contribuição e não mais por uma ou por outra”, frisou.

Por isso, o planejamento previdenciário é necessário e, embora possa ser feito em qualquer período, quanto mais cedo começar a planejar a aposentadoria, melhor para o trabalhador. O ideal é que o plano seja elaborado tão logo ele comece a contribuir com o INSS. Também vale ressaltar que ele não deve deixar de contribuir, em nenhum momento, com a previdência porque isto poderá prejudicar o planejamento e cronograma mais à frente.

Carlos Venâncio esclarece que o planejamento analisa a idade, o salário, as regras e o teto para poder se chegar a uma conclusão sobre o melhor período para dar entrada na aposentadoria e com a melhor renda.

Sobre os requisitos necessários para o planejamento previdenciário, ele sinaliza que o trabalho é feito com foco no que o segurado pretende para o futuro. “É uma forma de se organizar. Saber quando vai se aposentar, quanto vai receber, se os dados dele estão corretos e se será preciso retificar”, comentou o especialista.

Como o planejamento previdenciário é algo personalizado, depende da realidade de cada trabalhador, não há um modelo específico para ser seguido. “Portanto, o trabalhador deve procurar um especialista para fazer este planejamento. Um profissional que conheça as regras e as leis que vão beneficiar o trabalhador”, concluiu.

Vantagens de fazer o Planejamento Previdenciário:

– Adequação da aposentadoria

O segurado vai saber exatamente o valor que irá receber do INSS, com isso irá adequar seus gastos após aposentar-se.

– Possibilidade de aposentadoria mais alta

Para saber o real salário de benefício ao qual você tem direito, se faz necessária uma profunda análise do seu histórico como contribuinte.

– Possibilidade de contribuição menor

Em alguns casos o trabalhador (exceto celetista) poderá até mesmo diminuir o valor do seu recolhimento mensal e mesmo assim obter a maior e melhor aposentadoria.

– Documentos necessários para elaborar o planejamento

CNIS, Carteiras de Trabalho, Guias de recolhimento, Certidão do tempo de contribuição de regime próprio, alistamento militar, Certidão de escola técnica, PPP (perfil profissiográfico previdenciário), Comprovantes documentais que atestam o período rural (para o caso de trabalhador rural).