Mais de 2.300 agricultoras familiares dos municípios de Cajari, Pedro do Rosário e Guimarães tiveram acesso a vários serviços de emissão de documentos civis, trabalhistas e atendimentos de saúde durante a realização do mutirão de documentação da trabalhadora rural do Maranhão, realizado neste mês. 

A ação é organizada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF), e pela Superintendência Regional do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) com apoio de diversos órgãos públicos e das prefeituras municipais parceiras. 

Cerca de 3.900 serviços e atendimentos foram realizados nos três municípios, dentre eles, emissão de CPF, Carteira Nacional de Identidade, cartão do SUS, carteira de trabalho, certidão de nascimento, além de serviços jurídicos, emissão de CAF e Cadastro Ambiental Rural, atendimentos de saúde e outras atividades.

Dona Maria de Natividade Moraes, quilombola e quebradeira de coco babaçu do Quilombo São Miguel, do município de Cajari, foi uma das mulheres atendidas durante o mutirão. Segundo ela, o mutirão foi uma ação muito aguardada pelas comunidades rurais do município, uma atividade que garante e sensibiliza as mulheres rurais a reconhecerem seus direitos como cidadãs. 

“A maioria das mulheres não sabe de seus direitos e o mutirão veio conscientizar e mostrar a importância disso para elas. Há uma necessidade muito grande nas nossas comunidades rurais e o mutirão veio fortalecer nossa luta por garantia de direitos às mulheres trabalhadoras rurais”, destacou Maria de Natividade.

Durante a passagem por Cajari, a agricultora ainda aproveitou para comercializar seus produtos. “Um mutirão destinado para nós mulheres, e nada melhor do que trazermos nossa produção como biscoitos e bolos de mesocarpo e milho, sucos, tudo produzido pelas nossas quebradeiras de coco”, lembrou dona Natividade. 

O secretário da SAF, Bira do Pindaré, esteve presente na ação e enfatizou a importância desta ação para garantir direitos às cidadãs, principalmente das mulheres que vivem mais distante dos centros das cidades. “A ação do mutirão é uma parceria estratégica entre o nosso Governo do Estado e o Governo Federal, por meio da SAF e MDA, respectivamente. Ficamos extremamente felizes em ver a participação das mulheres do campo e da cidade em buscarem seus direitos. Este foi o primeiro mutirão e ficamos satisfeitos em ver que alcançamos bons resultados”, destacou Bira do Pindaré. 

A superintendente Regional do MDA, Suzianne Machado, disse que o mutirão superou as expectativas. “Nossas metas foram alcançadas atendendo trabalhadoras rurais, quilombolas e extrativistas, essa primeira etapa do mutirão realizada na baixada analiso como bem sucedida e vamos nos preparar, agora, para o próximo mutirão que será em março nos municípios de Parnarama e Barra do Corda”.

Para a secretária adjunta de Biodiversidade da SAF, Marileide Costa, a ação dá dignidade e garante direitos às mulheres do campo. “Uma iniciativa essencial para dar visibilidade e valorizar as trabalhadoras rurais e garantir que seus direitos enquanto cidadãs sejam assegurados”, disse Marileide.

O mutirão de documentação é uma ação que integra o Programa Nacional de Cidadania e Bem Viver para Mulheres Rurais, do Governo Federal e conta com apoio de diversos entes, entre eles, o Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Maranhão (Procon-MA), Defensoria Pública do Estado, Secretaria de Estado da Mulher (Semu), Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedes), Secretaria de Estado do Trabalho e da Economia Solidária (Setres), Secretaria de Estado da Saúde (SES), Prefeituras, Instituto de Identificação do Maranhão (Ident) e Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão (Agerp).

Em março, o mutirão alcançará mulheres dos municípios de Barra do Corda e Parnarama, entre os dias 12 e 21.