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Musculação para crianças: há perigos?

Meninos até 15 anos e meninas que ainda não tiveram a primeira menstruação não devem praticar musculação sem serem supervisionados e orientados, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. De acordo com a instituição, atividades de intensidade moderada e vigorosa podem interferir na liberação e na circulação do hormônio do crescimento. Caso praticados sem acompanhamento de profissional qualificado, os exercícios podem comprometer o ganho de altura e causar lesões nos músculos e ossos. 

A coordenadora do curso de Educação Física do Centro Universitário Estácio São Luís, Priscila Alves, explica que as atividades físicas para crianças devem ser feitas de forma lúdica, de modo a evitar, ainda, impactos para o psicológico dos pequenos. 

“É preciso saber se essa criança está brincando, se ela está sendo tratada como criança e não como adulto. A atividade física na infância precisa partir da brincadeira, do jogo e da recreação”, orienta a profissional. 

De olho nos sinais

Priscila reforça, ainda, a importância de observar o comportamento dos filhos durante a prática da atividade física. “Os pais devem monitorar a socialização e a interação com outras crianças da mesma idade, as reações de alegria ou desânimo e avaliar a carga de exercício para as crianças, evitando aqueles que não são adequados”, pontua. 

Na prática, isso significa que o exercício deve ser de leve a moderado, respeitando a idade e a compleição física de cada atleta mirim. “Se realizada de forma apropriada, além de controlar o peso, a musculação estimula o crescimento, aumenta a potência, resistência e força muscular, além de diminuir as chances de desenvolver doenças crônicas, como obesidade, diabetes e pressão alta”, finaliza.