A atualização dos profissionais de saúde sobre os aspectos mais recentes e relevantes relacionados à Mpox, com ênfase na nova variante, foi o tema de uma reunião promovida, no dia 29 de agosto, pela Secretaria de Estado da Saúde, da qual a promotora de justiça Glória Mafra, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de São Luís, participou.

No encontro, coordenado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) por meio da Coordenação de Emergências em Saúde Pública, Superintendência de Epidemiologia e Controle de Doenças e da Secretaria Adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde, foram abordados os cuidados com a vigilância, diagnóstico, manejo clínico e prevenção da doença, bem como apresentados números de casos registrados.

A Mpox é uma doença viral em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com pessoa infectada pelo Mpox vírus, materiais contaminados com o vírus, animais silvestres (roedores) infectados.

A infecção causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo. Os principais sintomas envolvem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga.

NÚMEROS DA MPOX

Diante do aumento de casos no continente africano, principalmente na República Democrática do Congo, a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 14 de agosto deste ano, declarou a Mpox novamente como uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (ESPII). A emergência já havia sido declarada entre julho de 2022 e maio de 2023.

No Brasil, até agosto de 2024, foram notificados 12.190 casos confirmados e prováveis, dos quais 11.158 eram homens (91%). Quando analisado somente o ano de 2024, foram registrados 836 casos, sendo a ocorrência predominantemente na região Sudeste, principalmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, são unidades de referência para internação de casos suspeitos ou prováveis de Mpox na rede estadual de saúde o Hospital Carlos Macieira (UTI) e as enfermarias do Hospital da Ilha, em São Luís. Gestantes poderão receber a primeira avaliação para confirmação de quadro suspeito ou provável em qualquer Unidade de Saúde mais próxima.

Nas demais regionais de saúde, os casos suspeitos devem ser transferidos para Hospitais Macrorregionais mais próximos da identificação do caso: Everaldo Ferreira Aragão, em Caxias; Ruth Noleto, em Imperatriz; Alexandre Mamede Trovão, em Coroatá; Jackson Lago, em Pinheiro; Tomaz Martins, em Santa Inês; Hospital Macrorregional de Urgência e Emergência de Presidente Dutra.