A maneira como o dono de uma empresa realiza a gestão do seu negócio pode indicar se a companhia vai trilhar o caminho do sucesso ou do fracasso. Empreender não é tarefa simples, mas com planejamento é possível sobreviver e superar obstáculos ao longo dessa jornada.

Dado trazido pelo Sebrae, presente em uma pesquisa da instituição sobre a sobrevivência de empresas em 2020, mostrou que os microempreendedores individuais (MEI) são os que têm mais dificuldade em seguir com seus próprios negócios.

Segundo o estudo, a taxa de mortalidade de empresas gerenciadas por MEIs é de 29% nos primeiros cinco anos de mercado. Enquanto isso, o percentual de encerramento de atividade das microempresas é de 21,6%, e das empresas de pequeno porte, 17%.

Para 40% dos microempreendedores individuais que fecharam as portas em 2020, a pandemia foi o fator preponderante, conforme o levantamento do Sebrae. A pesquisa ainda mostrou que as empresas com maior mortalidade nos primeiros cinco anos de existência são dos setores de comércio (30,2%), indústria de transformação (27,3%) e serviços (26,6%).

MEIs têm mais dificuldades em acessar crédito

Além da pandemia, outro motivo que leva empresários a desistir do próprio negócio é a dificuldade financeira para gerir contas e fazer investimentos. O Sebrae constatou que quanto menor é a empresa, mais difícil é conseguir acesso a financiamentos para capital de giro.

Para 34% dos entrevistados que fecharam empresas em 2020, se eles tivessem conseguido acesso ao crédito, o encerramento das atividades poderia ter sido evitado. O levantamento do Sebrae também mostrou que, de todos microempreendedores individuais que conseguiram crédito bancário, apenas 7% são bem-sucedidos.

Dicas para o bom gerenciamento financeira dos negócios

Se conseguir dinheiro para fazer investimentos e ter capital de giro não é fácil, existem outras maneiras de se preparar adequadamente para que as finanças não sejam um empecilho ao sucesso da empresa. Cinco dicas podem ajudar o empresário a fazer uma boa gestão de negócios, sobretudo na parte financeira.

1. Conta jurídica

Separar as contas pessoais das contas da empresa é algo necessário, porém, trata-se de um erro comum cometido por empresários que estão começando.

O indicado é que a pessoa tenha duas contas: uma pessoal, para administrar os gastos do dia a dia e despesas da casa, por exemplo, e uma conta jurídica, como a conta PJ Banco Inter, por exemplo, que serve para controlar toda a movimentação financeira da empresa.

2. Planejamento

Se em todos os setores da vida ter planejamento é fundamental, não há diferença quando se trata da vida financeira de uma empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte. Traçar estratégias para os gastos ajuda a evitar surpresas desagradáveis no futuro.

Um bom planejamento também ajuda na negociação com fornecedores, o que pode resultar em custos mais atrativos.

3. Sem dívidas

Pagar as contas em dia é outra ação a ser considerada. Quem deixa para quitar despesas após o prazo estipulado corre o risco de ter que arcar com juros e multas.

Com o tempo, isso pode virar uma rotina e a despesa final acaba sendo maior que a prevista. Para quem tem lucro pequeno, especialmente no começo, os juros de uma dívida com cartão de crédito, geralmente altos, podem pesar no orçamento.

4. Contabilidade

É recomendado que empresários tenham noções básicas de contabilidade, portanto a atividade é assunto para um profissional especializado. O trabalho de um contador é necessário em todas as etapas financeiras de uma empresa, da abertura ao andamento mensal do negócio. O bom relacionamento entre as partes facilita o processo, pois um erro contábil tende a gerar multas e sanções.

5. Tecnologia

Despesas com tecnologia não são gastos, mas investimentos. Modernizar a empresa facilita nos processos internos, inclusive, no controle financeiro e no contato com fornecedores.

Marcar presença on-line também pode aproximar empresa e cliente, além de conquistar um novo público. Para isso, é importante pensar em estratégias de marketing digital que contemplem as redes sociais e meios de relacionamento com a clientela.