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Marlon Botão solicita Patrulha Maria da Penha na Zona Rural

O vereador Marlon Botão (PSB) apresentou indicação, na Câmara Municipal de São Luís, para que o governo do estado implante uma base da Patrulha Maria da Penha na Zona Rural da capital.

Formada por um grupamento de policiais militares, a Patrulha Maria da Penha tem por objetivo, conforme decreto de criação, o acompanhamento e atendimento das mulheres em situação de violência doméstica e familiar, detentoras de medidas protetivas de urgência.

De acordo com o vereador, a indicação foi motivada pelos diversos relatos de agressões que têm recebido em suas constantes visitas às comunidades da Zona Rural.

“Todos sabem que, desde o meu primeiro dia de mandato, a Zona Rural tem sido uma prioridade. Estou sempre dentro das comunidades, e tenho recebido cada vez mais relatos de agressões e violência doméstica”, afirmou.

“Muitas dessas mulheres são donas de casa, ou trabalham apenas com pequenos bicos, e acabam numa situação de vulnerabilidade ainda maior. Elas não têm coragem de denunciar as violências que sofrem por serem dependentes dos seus agressores. O poder público tem que assumir essa responsabilidade”.

Segurança para a Zona Rural

Segundo o parlamentar, a implantação de uma Patrulha Maria da Penha para cuidar especificamente da Zona Rural se faz ainda mais necessária pelo contexto de vulnerabilidade social em que se encontram a maioria dessas mulheres.

“Apesar de todo o potencial da região, e da riqueza que produz a realidade da maioria das famílias da nossa Zona Rural ainda é de vulnerabilidade e de desemprego”, disse.

“E nesse contexto, que trabalhamos para mudar, é ainda mais difícil para essas mulheres conseguirem sair da situação de violência a que estão expostas. O estado tem o dever de proteger essas mulheres mesmo que elas não denunciem os seus agressores”.

Ação ostensiva

Segundo Marlon Botão, a violência contra as mulheres é um problema estrutural da sociedade que foi agravado pela pandemia da Covid-19.

“O número de agressões contra mulheres, de feminicídios, já era grande antes da pandemia. Agora estamos diante de uma escalada ainda maior de violência, o que nós nunca vamos aceitar ou normalizar”, disse.

“O poder público precisa agir de forma ostensiva, mostrar sua força na punição e na repressão aos covardes que agridem suas companheiras. É assim que começaremos a mudar as coisas” finalizou.