“Maranhão, uma visita inesquecível”, diz Bolsonaro ao postar vídeo no Twitter
Alheio às polêmicas que provocou em sua passagem pelo Maranhão na última quinta-feira (29/10), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou em suas redes sociais um vídeo editado, no qual aparece interagindo com multidões de apoiadores em vários pontos das muitas cidades por onde passou em sua visita ao estado. “Maranhão, uma visita inesquecível”, legendou.
Durante uma parada não programada em um bar no município de Bacabeira (MA), Bolsonaro fez uma piada de teor homofóbico e xenofóbico. Ao pegar um copo de guaraná Jesus, conhecido pela coloração rosa e famoso na região, o chefe do Executivo deu um gole e disse: “Agora eu virei boiola igual maranhense”.
Bolsonaro insistiu na piada e tornou a brincar com a cor do refrigerante. “Olha o guaraná cor de rosa do Maranhão, ó. Quem toma esse guaraná aqui vira maranhense”, emendou. Rodeado de apoiadores, muitos deles sem máscara, o presidente também cumprimentou e tirou fotos com os frequentadores do bar.
O governador do estado, Flávio Dino (PC do B) não foi convidado para nenhuma dos eventos nos quais Bolsonaro esteve presente. Diante de uma plateia que gritava: “fora, Dino”, o presidente falou em acabar com o comunismo.
“Nós vamos, em um curto espaço de tempo, mandar embora o comunismo do Brasil. Nós não aceitamos esse regime ditatorial, onde o povo não tem vez. Nós somos a liberdade, aqueles que não têm medo da verdade. Juntos com vocês, nós construiremos o novo Brasil. Podem ter certeza. Outras vezes viremos aqui e, se Deus quiser, brevemente estaremos para comemorar a erradicação do comunismo em nosso Brasil”.
Esta foi a primeira vez que Bolsonaro visitou o Maranhão. Já nos preparativos da viagem, ele provocou o governador dizendo que havia solicitado proteção policial para a visita, que teria sido negada por Dino. O governador, por sua vez, informou que o presidente mentiu e entrou com uma interpelação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Na sexta-feira passada, o Planalto enviou um comunicado diretamente para a Secretaria de Segurança Pública do estado, avisando sobre a visita. Ao comentar o episódio, Dino justificou que não acompanharia a presença do presidente no estado por “não ter sido convidado”.
Fonte: Metropoles