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Maranhão busca melhorar índice de inovação

Em artigo publicado recentemente, Edilson Baldez, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) e integra a diretoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI) fala das contribuições do Sistema FIEMA para que o estado supere os desafios no setor de inovação. O estado ocupa 26º lugar no Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Apesar do desafio, para Baldez o estado vem tomando medidas para superar essa posição, com destaque para as ações do Sistema FIEMA, especialmente do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Baldez destacou a importância de políticas públicas e estratégias empresariais para impulsionar a inovação no estado. Ele ressalta que o Maranhão historicamente possui pouca tradição no registro de patentes, mas que avanços significativos têm sido feitos nos últimos anos, como a criação do curso de engenharia aeroespacial na UFMA e a instalação em breve do Hub de Tecnologia do SENAI.

O SESI, por sua vez, desempenha um papel crucial nesse processo. A instituição, maior estrutura de educação privada do estado, oferece mais de 8 mil vagas com ensino de qualidade, transformando vidas e contribuindo para uma indústria mais competitiva e sustentável. O SESI investe em tecnologias pedagógicas inovadoras e na capacitação de professores, oferecendo educação de qualidade voltada para o mundo do trabalho e da cidadania. Nas suas escolas, são desenvolvidos projetos que estimulam o pensamento crítico e a criatividade, como robótica, matemática e games educacionais, preparando os estudantes para os desafios do futuro.

“O SESI está comprometido em formar cidadãos críticos e inovadores, capazes de transformar o Maranhão. “Acreditamos que a educação é a base para o desenvolvimento sustentável do estado”, disse Baldez. O presidente da FIEMA enfatizou o papel fundamental do Sistema FIEMA nesse processo, oferecendo educação profissional de qualidade, desenvolvendo projetos inovadores e apoiando as empresas maranhenses a se tornarem mais competitivas.

Ele disse que o desempenho do Maranhão nos campos da ciência, tecnologia e inovação engatinham em relação aos avanços conquistados por Rio Grande do Norte, Pernambuco e Bahia, estados que se destacam entre os melhores do Nordeste. No caso pernambucano, o meio acadêmico aliado ao governo estadual, lançou a pedra fundamental do processo ao investir na automação e no ambiente virtual. A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), criou Centro de Informática, um dos melhores do país, com excelência acadêmica e cultura empreendedora com diferencial na interação com o meio produtivo.

Já o estado potiguar foi inserido no anuário do IBID por sua vantajosa posição na tecnologia verde, com abordagem ética e ambiental, introduzindo a eco inovação no estado. Na Bahia, o CIMATEC/SENAI é a instituição referência em educação tecnológica do país, concentrando o maior ecossistema integrado de tecnologia e inovação de produção industrial.

Por sua vez, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem participação atuante na área por meio do programa Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), uma iniciativa da entidade que estimula a estratégia inovadora das empresas industriais brasileiras e amplia a efetividade de políticas de apoio à inovação por meio de interlocuções construtivas lideradas pela iniciativa privada, o setor público e a academia.

Baldez informou que a FIEMA está produzindo Nota Técnica analisando o indicador do IBID que retrata o cenário de inovação no Brasil, evidenciando potencialidades e desafios sob a ótica regional. As métricas detalhadas do estudo indicam que o nosso estado tem um longo e árduo caminho a percorrer na busca da otimização do desempenho e da eficiência tecnológica para trilhar o rumo do desenvolvimento.

Ele disse que os pilares principais que devemos atingir para melhorar nossa posição em tão importante indexador contemplam itens como instituições, capital humano, infraestrutura, economia, negócio, conhecimento e tecnologia e economia criativa. “Como um teorema que envolve informações complexas e resultados com conclusões precisas, teremos que comprovar uma lógica verdadeira para reverter essa triste posição ocupada pelo nosso robusto, entretanto, pobre Maranhão”, finalizou.