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Mais moderno terminal de fertilizantes da AL começa a operar no Porto do Itaqui

O novo terminal da Companhia Operadora Portuária do Itaqui (COPI) iniciou as operações comerciais no Porto do Itaqui neste mês. O sistema possibilita um aumento de até três vezes na produtividade do berço 101, por meio de guindastes móveis, moega e correias transportadoras que conectam o armazém ao berço, com capacidade para movimentar até 3,5 milhões de toneladas de fertilizantes por ano (cerca de 1.250 toneladas/hora).

O empreendimento possui armazenagem estática para 70 mil toneladas de carga a granel dividida em 10 boxes. E para a expedição, um sistema com capacidade de até 700 toneladas/hora possibilita o envio da carga em caminhões direto aos clientes, mesmo em dias de chuva. A infraestrutura também permite operação em recinto alfandegado para granéis de importação, por meio da modalidade de entreposto aduaneiro, além das operações usuais no modelo de consumo e de descarga direta com despacho antecipado.

“O novo terminal da COPI é um sinal claro do fortalecimento dessa cadeia produtiva e da confiança do setor privado para investir no porto público do Maranhão. Estamos trabalhando para atender à grande demanda do mercado internacional e ao mesmo tempo consolidar o Itaqui como o porto do Arco Norte do Brasil”, afirma o presidente do Porto do Itaqui, Ted Lago.

O investimento total da companhia no corredor Centro Norte de fertilizantes está estimado em R$ 260 milhões, sendo R$ 110 milhões já aplicados na primeira etapa do projeto, e R$ 150 milhões adicionais previstos para a construção da expedição ferroviária do terminal no Porto do Itaqui e no futuro terminal multimodal dedicado ao transbordo e logística de interior a partir de Palmeirante, região central do Tocantins.

“Temos aqui o mais moderno terminal de fertilizantes da América Latina e estamos oferecendo aos clientes e ao mercado do centro norte do país uma solução logística diferenciada que possibilita a integração completa da cadeia de exportação de grãos com a de importação de fertilizantes”, destaca o diretor presidente da COPI, Guilherme Eloy.

Primeiros testes

Logo após a conclusão das obras, no último trimestre do ano passado, foram iniciados os testes de comissionamento e de lá para cá foram descarregadas aproximadamente 50 mil toneladas de fertilizantes. O último comissionamento foi realizado em fevereiro deste ano, com o navio MV Bulk Trader, que descarregou no Itaqui cerca de 19 mil toneladas de cloreto (KCL), sendo 10 mil toneladas direcionadas para o novo terminal. Esse tipo de operação, que levaria em torno de 63 horas, com a descarga mecanizada do berço 101 foi concluída em 28 horas.

Essa operação de descarga foi feita simultaneamente de forma convencional e mecanizada, com produtividade média próxima a 1.000 toneladas/hora. Com esse índice as operações de descarga de fertilizantes no Porto do Itaqui oferecem melhores condições para afretamento em razão de um giro maior na escala de navios fundeados, o que impacta diretamente na qualidade dos produtos. Quanto menor tempo na área de fundeio, menor índice de compactação na carga.

Próxima etapa

A segunda etapa do projeto prevê, a partir do 1º semestre de 2022, a integração da cadeia logística de importação de fertilizantes do Porto do Itaqui para o interior do Brasil pelo modal ferroviário. Está prevista uma oferta diária de até 40 vagões (3,7 mil t) com destino ao terminal de transbordo em Palmeirante.

De acordo com Eloy, o novo sistema garantirá ao mercado uma capacidade constante de expedição ferroviária com valores competitivos. Considerando os diferenciais de localização geográfica privilegiada, conexão ferroviária e produtividade, a companhia estima que o novo corredor logístico será o canalizador do crescimento da demanda centro-norte de fertilizantes do país nos próximos anos.

Além de consolidar o Porto do Itaqui como solução logística multimodal do Arco Norte, esses investimentos devem gerar cerca de 200 postos de trabalho diretos e indiretos em São Luís e pelos menos 150 postos na unidade em Palmeirante.