Mais de 17% das mulheres não conseguem ter relação sexual por dor, mas a condição tem tratamento e cura
Dia 6 de setembro é comemorado o Dia do Sexo, mas para além da importância da intimidade e do prazer sexual para a saúde, o alerta da fisioterapeuta pélvica e sexóloga Débora Pádua da capital paulista, especialista na condição que impede não apenas a relação sexual, é que essas mulheres também não conseguem realizar exames ginecológicos.
“Para muitas mulheres, o sexo não uma experiência positiva, pelo contrário, é sinônimo de dor e sofrimento. Isso porque elas sofrem de dor durante a relação sexual, conhecida como vaginismo – um problema significativo que afeta uma parte substancial da população feminina”, diz a especialista.
Entre as várias causas, desde condições físicas, como infecções, endometriose e até fatores psicológicos, como estresse ou traumas passados, o vaginismo pode levar a um ciclo de desconforto e ansiedade que, muitas vezes, resulta em um afastamento do sexo e do parceiro.
“O mais preocupante é que muitas mulheres não têm acesso a informações precisas ou não se sentem à vontade para buscar ajuda para tratar algo que, em poucas sessões já conseguimos a cura total, mas que se não tratada pode agravar a situação e ainda levar a doenças ginecológicas mais graves – uma vez que elas também não conseguem realizar exames ginecológicos também pela dor”, alerta.
O que pode ser feito?
“O tratamento de vaginismo é feito com fisioterapia pélvica, uma abordagem que se concentra na reabilitação dos músculos do assoalho pélvico com exercícios de fisioterapia para ajudar a relaxar os músculos vaginais, aumentar a flexibilidade e melhorar o controle muscular. É preciso identificar padrões de contração e relaxamento e verificar a presença de pontos gatilho, assim conseguimos ensinar técnicas de relaxamento muscular para reduzir a tensão nos músculos vaginais e aumentar a tolerância à penetração de forma gradual”, finaliza a especialista afirmando que o tratamento leva à cura em 100% dos casos.