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Lula em ato com lideranças indígenas:”A riqueza da Amazônia está em sua biodiversidade”

Após participar da vacinação de operários no Hospital da ilha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quinta (19) de encontro com lideranças indígenas na reserva indígena de Itapiracó (MA). Na ocasião, foi lançado o Estatuto Estadual dos Povos Indígenas do Maranhão, e Lula recebeu das mãos de Sônia Guajajara, coordenadora executiva da APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), o título de Guardião dos Territórios Indígenas.

Estiveram também presentes lideranças indígenas do Maranhão, do Pará, do Tocantins e do Mato Grosso, representando as etnias Tenetehara, Guajajara, Gavião, Carajá, Xavante, Canela, Kayapó e Krikati, entre outras. Lula participou de mística com lideranças indígenas mulheres durante o ato histórico de reparação aos povos originários, exemplo para todos os governos de estado, uma vez que os povos indígenas são cruciais para a preservação ambiental e para a vida na Terra.

“Não são os indígenas que invadiram as terras, eles eram os donos das terras. Quando demarcamos um território estamos reconhecendo isso. Tenho certeza que talvez não tenhamos feito tudo que poderia ser feito, talvez até por desconhecimento. Quero que saibam que daqui pra frente nada será feito em um gabinete em Brasília. Tudo será feito diretamente com o povo de cada território”, disse Lula.

Durante o encontro, Lula afirmou que a maior riqueza da Amazônia está em sua biodiversidade, praticamente inexplorada cientificamente. Lula afirmou que “uma árvore em pé hoje é muito mais lucrativa para o Brasil para os índios e para a humanidade do que qualquer quantidade de soja que eles tentem plantar”.

O ex-presidente externou sua preocupação com a postura destruidora de Bolsonaro, que demonstra toda sua ignorância ao dizer que é preciso desmatar, preciso ocupar terras indígenas com garimpeiros, com gado e para plantar soja.

Lula lembrou que durante seu governo, foi feito o Acordo da Amazônia, em conjunto com a Alemanha e a Noruega, mas que bastou entrar o governo genocida para que tudo isso fosse destruído.