Karla Sarney repercute caso de violência contra aluno autista em Minas Gerais
A vereadora Karla Sarney utilizou a tribuna da Câmara de São Luís nesta manhã para lamentar um caso policial que está sob investigação de autoridades do estado de Minas Gerais. Na ocasião, a parlamentar alertou os demais pares para que todos passam verificar como está o atendimento a pessoas com transtorno do espectro autista em escolas de São Luís.
Karla Sarney iniciou o discurso ao informar o que teria acontecido na unidade de ensino localizada na cidade de Belo Horizonte. “Um adolescente sofreu uma violência em uma escola. Um outro colega deu um golpe de mata leão nele porque ele sofre de transtorno do espectro autista. Quando comunicada, a mãe chamou as autoridades e no relato para a polícia, além desse golpe que essa criança sofreu (consta que), ela foi colocada em uma sala e ela dormiu para esperar a mãe. Não satisfeito, o agressor foi lá e jogou água gelada nessa criança”, explicou.
Segundo o discurso da vereadora, a consequência deste episódio foi o desencadeamento de uma crise de pânico por parte do aluno que teria sido agredido na escola. “Como resultado, esta criança teve uma crise de pânico no colégio e não teve quem a segurasse. Levaram a criança para o posto de saúde e ela foi atendida por um psiquiatra. Esse psiquiatra emitiu um laudo médico informando que a criança não tem condições psicológicas de retornar à escola com o agressor na mesma sala. A recomendação do psiquiatra é que ou ele mude de escola ou o agressor seja transferido dela. Olha a gravidade da situação”, avaliou Karla Sarney.
Ainda no momento de fala, a vereadora pediu aos pares que pudessem verificar como está o atendimento a pessoas com transtorno do espectro autista em escolas de São Luís. “Eu me sensibilizei e quis reportar essa situação para todos os colegas porque somos fiscais da Lei no nosso município. Não sei como está sendo tratada esta questão em escolas do nosso município. O que a mãe falou? Lá não está sendo cumprida a lei que exige que um professor acompanhe essa criança ou esse adolescente na sala de aula. Temos que ficar preocupados com essa situação enquanto fiscais da lei. Vim pedir para todos nós, colegas, sabermos como estão sendo tratadas determinadas leis aqui também, porque são crianças e adolescentes que precisam de um olhar melhor, de um olhar com amor, e das autoridades”, assinalou.
Por fim, a parlamentar disse ter realizado uma pesquisa sobre o tema e ficou feliz em saber que tramita na Casa Legislativa o Projeto de Lei n°. 176/22, de autoria do vereador Ribeiro Neto. “Pelo que me foi informado, esse PL está na Comissão de Saúde. Verifiquei que no PL existe até sanção administrativa: caberá a pessoas físicas, jurídicas e agentes públicos que discriminarem pessoas com transtorno do espectro autista e seus acompanhantes. E no PL diz ainda que entre as sanções, estão advertência com possibilidade de multa de 2 a 4 mil reais no caso da pessoa física ou jurídica, respectivamente, não terem esse tipo de acolhimento a essas crianças que sofrem essa violência. Então, peço que nos sensibilizemos enquanto vereadores e sociedade para ver como estão sendo tratadas essas crianças na nossa cidade e nas escolas. Saber como está sendo feito. Tenho certeza de que muitos pais têm crianças e adolescentes com o transtorno. Temos que ser fiscais da Lei. Vamos tentar fiscalizar ou buscar as autoridades, inclusive o Executivo, para ver como está a fiscalização e a atuação em relação a isso”, solicitou Karla Sarney.