Junho Vermelho: 5 mitos sobre doação de sangue que você precisa saber  

 A campanha Junho Vermelho foi criada para incentivar a doação de sangue, principalmente, nos períodos em que há defasagem no estoque de bolsas de sangue. Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES) do Maranhão indicam que, se comparados o primeiro trimestre de 2021 e o mesmo período de 2019 (pré-pandemia), houve redução no volume desse estoque de 2,3% no hemocentro e de 14,8% na Hemorrede.  

Nesse contexto, a campanha Junho Vermelho busca sensibilizar a população sobre a importância do tema e em especial a redução do estoque de bolsas de sangue, situação que foi agravada em razão da pandemia. A corrente solidária tem o objetivo também de aumentar a quantidade de doação no mês anterior aos das férias escolares, período do ano em que há aumento nas viagens e acidentes nas estradas.  

Aumentar a quantidade de voluntários é visto como um desafio, já que o cenário de doação no Brasil não é dos mais satisfatórios. O percentual recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de doadores num país é entre 3,5% e 5% da população, no Brasil corresponde a 2% (OMS). Segundo a médica e coordenadora do curso de Medicina da faculdade Pitágoras, Denise Priolli, há muitos mitos envolvidos no ato solidário, o que acaba contribuindo para que o país não atinja o índice recomendado. 

“Doar sangue, além de ser um ato de amor ao próximo, é uma atividade muito segura, sem causar prejuízos à saúde do doador. Uma das preocupações mais comuns é sobre o volume de sangue, no entanto, ele volta ao normal rapidamente, afastando o risco de fraqueza”, pontua.    

A especialista incentiva a doação. “Recentemente o curso de Medicina da Faculdade Pitágoras de Codó fez duas campanhas de conscientização de doação de sangue na cidade, uma em fevereiro e outra em abril, mobilizando por meio de ações dos alunos, o município e outras cidades vizinhas. Dessa forma, melhoraram os estoques locais que estavam muito mais baixos que a média, devido às necessidades relacionadas à pandemia. A conscientização é o caminho mais curto para muitas vidas salvas”, destaca.  

Para doar sangue, a pessoa precisa, entre outros pré-requisitos, estar saudável, pesar acima de 50 quilos, estar alimentada, levar um documento oficial com foto e não ingerir alimentos gordurosos nas horas que antecedem a doação. A coleta é baseada no peso corporal.  

Confira alguns mitos comuns esclarecidos pela médica:  

1) Contágio de doenças: todo material utilizado é descartável, não há contato com sangue de outra pessoa.    

2) Quem teve Covid-19 nunca mais pode doar sangue: candidatos à doação de sangue com diagnóstico ou suspeita de Covid-19 e que apresentaram sintomas da doença, mesmo nos casos leves ou moderados, devem esperar por 10 dias após estarem completamente recuperados da doença, para então doar. 

3) Só podem doar sangue maiores de idade: adolescentes a partir dos 16 anos podem doar sangue. Fisicamente eles já estão aptos para doar sangue, desde que cumpram todos os requisitos básicos para doação, mas por serem menores de 18 anos, precisam de autorização dos pais ou responsável.   

4) O sangue fará falta ao doador: a reposição do volume de plasma ocorre em 24 horas e a dos glóbulos vermelhos em 4 semanas. Entretanto, para o organismo atingir o mesmo nível de estoque de ferro que apresentava antes da doação, são necessárias 8 semanas para os homens e 12 semanas para as mulheres.   

 5) Quem tem piercing e tatuagem não pode doar: apenas pessoas com piercing na boca não podem doar sangue pois a boca está mais receptiva a infecções. Elas só estão aptas a doar 12 meses após a retirada. Pessoas que fizeram tatuagem, maquiagem definitiva e outros processos com perfuração da pele devem esperar 12 meses para voltar a doar sangue.   

Sobre a KrotonMed  

A KrotonMed é a unidade de negócio da Kroton voltada para a Medicina. Criada em 2021, a KrotonMed possui mais de 3 mil alunos matriculados no curso de Medicina em 6 instituições de ensino superior: Unic, no Mato Grosso; Uniderp, no Mato Grosso do Sul; Unime Lauro de Freitas e Pitágoras Eunápolis, na Bahia; e Pitágoras Codó e Bacabal, no Maranhão. A KrotonMed possui mais de 7 mil alunos em cursos de Saúde Presencial, mais de 18 mil alunos em outros cursos presenciais de alto valor agregado. Os cursos recebem investimentos constantes para aprimoramento da infraestrutura, que inclui laboratórios e ferramentas que utilizam as mais avançadas tecnologias voltadas ao ensino da Medicina. As instituições possuem parceria com clínicas e hospitais que atendem a população, possibilitando ao aluno acesso a um alto nível de educação que reúne teoria e prática e uma preparação eficiente para sua inserção no mercado de trabalho.