Insônia influencia no desempenho cognitivo e aumenta risco de Alzheimer

A insônia é o distúrbio do sono mais comum, atingindo entre 30% a 35% da população mundial. É mais frequente entre as mulheres, principalmente a partir da puberdade. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 40% das pessoas não dormem como gostariam.

Metade dos idosos relata ter dificuldade de iniciar o sono, despertando várias vezes à noite, havendo prejuízo no padrão de sono normal. As noites mal dormidas afetam o cérebro provocando cansaço, falta de concentração e diminuem o desempenho cognitivo. Sabe-se que uma das funções do sono é a consolidação da memória e pesquisas apontam que a insônia pode ser um fator de risco para a doença de Alzheimer entre outras que degeneram a capacidade cerebral.

Estudos realizados com pessoas saudáveis mostraram que as que sofrem de insônia apresentam alterações em algumas áreas do cérebro que também são afetadas nos estágios iniciais da doença de Alzheimer.

O sono de má qualidade também colabora para a queda da imunidade do corpo. “A pessoa que tem dificuldade para dormir pode adoecer com mais frequência. Por outro lado, dormir bem ajuda a aumentar as defesas do corpo, garantindo ao organismo mais proteção contra doenças”, afirma a médica e coordenadora do curso de Medicina da faculdade Pitágoras, Denise Priolli.

A médica ressalta que noites mal dormidas provocam uma série de problemas e mudanças no organismo. “Pessoas com insônia geralmente começam o dia já se sentindo cansadas, têm problemas de humor e falta de energia, obesidade, envelhecimento precoce, diabetes, ansiedade, Alzheimer entre outros. Mesmo as crianças podem ter seu desempenho prejudicado por causa deste distúrbio. Uma das causas pode ser a respiração noturna dificultada (apneia do sono). Caso não durma bem, consulte seu médico”, orienta Priolli.

Para melhorar a qualidade do sono, a médica sugere a adoção de alguns hábitos simples. Confira:

  • Crie um ambiente de sono sem luz;
  • Desligue a televisão, celular e computador de 1 a 2 horas antes de se deitar para dormir;
  • Não beba ou coma alimentos com cafeína ou guaraná à noite;
  • Reduza as atividades com alto nível de estímulos físicos e mentais 1 hora antes de se deitar para dormir;
  • Tome um banho morno 1 a 2 horas antes de dormir;
  • Faça atividade física diária;
  • Descanse e cochile alguns minutos (15 a 30) no começo da tarde pode ajudar na melhora da performance cognitiva no período da tarde.