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Homem acusado de participação em homicídio é julgado em São Vicente Férrer

O Poder Judiciário da Comarca de São Vicente Férrer realizou nesta terça-feira (23) uma sessão do Tribunal do Júri, presidida pelo juiz Moisés Souza de Sá, titular de São João Batista e respondendo pela comarca. No banco dos réus, Domingos Donatílio Gomes da Costa, acusado de crime de homicídio no qual figurou como vítima Paulo Gomes da Costa Filho. Por fim, ele foi inocentado pelo Conselho de Sentença, sendo absolvido. A sessão ocorreu no plenário da Câmara de Vereadores de São Vicente Férrer. 

A denúncia relata que, em 8 de junho de 2020 no Povoado Tapuio, localidade da zona rural de São Vicente Férrer, foi encontrado o corpo de Paulo Gomes, vulgo ‘Terror’, tendo como denunciados pelo crime os homens Jucivaldo Pacheco, conhecido como ‘Negão’ e Domingos Donatílio Costa, conhecido pelo apelido de ‘Du’. A vítima teria sido morta a golpes de arma branca. Testemunhas relataram que vítima e acusados estavam ingerindo bebidas alcoólicas na noite anterior. Contaram, ainda, que Domingos Donatílio, irmão da vítima, também residia na residência de ‘Terror’. Outra testemunha, em depoimento à polícia, declinou que os prováveis autores do crime seriam os denunciados.

Já outra testemunha contou que estava na noite do crime no Bar do Manoel de Paula, no bairro Casa Grande, tendo relatado que o denunciado ‘DU’, irmão da vítima, o questionou na presença do denunciado Jucivaldo sobre um boato de que ‘Terror’ teria esfaqueado um outro irmão. Disse que escutou, por volta das 23h00m da mesma noite, vários cachorros latindo nas proximidades da casa da vítima. No dia seguinte, pela manhã, ao se dirigir a um poço localizado na residência de Paulo Gomes, teria localizado o corpo no chão, com marcas de lesões por faca.

INDÍCIOS DE AUTORIA

A denúncia destaca que, diante dos fortes indícios de autoria, a polícia diligenciou com o objetivo de localizar os acusados, encontrando apenas Domingos Donatílio. Ele, em interrogatório, confessou que praticou o homicídio junto com Jucivaldo Pacheco, o ‘Negão’. Teria, ainda, contado com detalhes a empreitada criminosa, afirmando que não se dava bem com seu irmão em razão deste furtar sempre seus pertences. Disse que a ideia de cometer o crime partiu de ‘Negão’ e que acabou concordando e resolveu participar, sabendo que a vítima estava em casa dormindo e assim o pegariam de surpresa. 

Por fim, relatou que ‘Negão’ estava portando uma faca de cabo preto e que teria, observado à distância, ‘Negão’ iniciar uma conversa com Jucivaldo no sentido de distraí-lo para, em seguida, aplicar de surpresa um golpe de faca no peito do seu irmão. Além do magistrado, presidente da sessão, participaram do júri a promotora de Justiça Natália Luna Tavares, titular de São João Batista e respondendo por São Vicente Férrer. Na defesa do réu, atuou o advogado Amândio Duarte Costa.