Governo realiza 1º Fórum Estadual de Cuidados em Saúde Mental às Populações Específicas
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) realiza, até esta quinta-feira (2), o “1º Fórum Estadual de Cuidados em Saúde Mental às Populações Específicas”, com o objetivo de discutir intervenções em Saúde Mental voltadas para populações específicas, visando qualificar a atuação dos profissionais de saúde. O evento acontece no Oasis – Casa de Oração, Eventos e Cursos, no bairro Aurora, em São Luís, e conta com a presença de profissionais que atuam nos serviços públicos de saúde.
“A pandemia do coronavírus tem exigido de nós, que atuamos em defesa do SUS, a oferta de cuidados em saúde mental mais humanizados e individualizados. Dessa forma, o Fórum surge em um momento de discussão em busca pela consolidação de estratégias públicas que favoreçam o cuidado integral em saúde mental às diversidades populacionais do Estado”, disse a secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Waldeise Pereira.
Também participaram da mesa de abertura o secretário de Estado de Articulação das Políticas Públicas, Marcos Pacheco; a superintendente de Proteção Especial da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Maria do Amparo Melo; a assessora técnica da Secretaria de Estado da Mulher, Thayzya Ramalho; a secretária adjunta de Igualdade Racial, Socorro Guterres; o representante dos Conselhos Estadual e Municipal de Saúde, Antônio Pereira Silva.
Mesas redondas, oficinas temáticas e trabalho em grupo fazem parte do evento. Na terça-feira (30), primeiro dia do evento, os ouvintes puderam discutir o tema “Saúde Mental e Equidade: Integralidade do Cuidado” enquanto interface com as Políticas Públicas e os seus impactos.
Ao abordar o tema “A Importância de Cuidados em Saúde Mental às Populações Específicas”, o secretário de Estado de Articulação das Políticas Públicas, Marcos Pacheco, reiterou a necessidade de se observar uma assistência integral. “São diversos grupos que precisam ser vistos à luz das suas especificidades. Indígenas, crianças, comunidades de matriz africana, população LGBTQI+, adolescentes expostos ao uso de drogas, são pessoas em realidades distintas, mas que um momento como soma ao constante processo de sensibilização para melhor servir e atender”, disse.
Para a chefe de Departamento de Atenção à Saúde Mental do Estado, Isabelle Rego, serão três dias voltados para a sensibilização. “O Fórum começa aqui, mas não termina nos seus três dias de realização. Para além dos temas debatidos, espera-se construir planos de ação que contemplem as populações específicas de forma que elas tenham acesso aos serviços de saúde mental”, explicou.
A coordenadora de Saúde Mental do município de São Luís, Larissa Mesquita, comentou que o Fórum veio como um momento para dialogar sobre como viver na diversidade. “São várias as culturas e realidades que existem em nosso estado, e elas nos convidam a pensar cuidado mental respeitando essa multiplicidade cultural. Diante disso, para nós que atuamos na área, precisamos estar preparados para os novos momentos que são despertados, uma vez que ainda lidamos com a superação do estigma do adoecimento mental”, pontuou.
Nos demais dias do evento, os participantes também abordarão assuntos como a Rede de Atenção Psicossocial, a Integralidade de Cuidados em Saúde Mental, Promoção da Justiça Social para Populações Específicas sob a Ótica das Políticas Públicas, entre outros. Das oficinas disponibilizadas, os temas “Racismo e Equidade”, “Impacto das violências na saúde mental”, “A importância das práticas integrativas e complementares nos cuidados em saúde mental” servirão como ponto de estímulo para o diálogo e construção de ações entre os participantes.