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Governo promove encontro para fortalecer Combate à Sífilis Congênita

O Governo do Estado promoveu, nesta sexta-feira (15), o “Dia D de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita”. O evento foi realizado no auditório da Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão (MACMA) como uma ação educativa sobre a infecção sexualmente transmissível, promovendo orientações sobre o diagnóstico, tratamento e vigilância na Linha de Cuidado da Sífilis nos diferentes níveis de atenção do SUS.

“A Sífilis é uma doença tratável e curável, por isso buscamos protagonizar discussões a fim de que a sociedade possa trabalhar em conjunto com o poder público na prevenção. Também é uma oportunidade para chamarmos a atenção dos profissionais para que redobre a atenção para que as gestantes façam o pré-natal e recebam a assistência necessária”, disse a chefe de Departamento de Atenção às IST/AIDS e Hepatites Virais da SES, Jocélia Frazão de Matos.

A doença é causada pela bactéria Treponema pallidum e depois de contaminada, a pessoa pode apresentar várias manifestações clínicas. A Sífilis é uma enfermidade que pode ser transmitida da mãe para o bebê quando não tratada. Segundo o diretor geral da MACMA, Hilmar Hortegal, o propósito é proteger as gestantes. “Aqui na maternidade, temos um ambulatório que dá assistência a essas futuras mamães, de forma a dar prosseguimento ao pré-natal. Além disso, também possuímos uma enfermaria de alto risco, para aqueles casos com necessidade de internação com acompanhamento especializado”, explicou. 

Ao esboçar sobre o cenário epidemiológico da Sífilis no país, o médico da MACMA, Flávio Evangelista, fez destaques para o Maranhão. “A doença estava em um crescente de casos até o ano passado, quando observamos um quadro de estabilidade. Esse cenário é positivo e possível graças às testagens e tratamento feitos de maneira adequada. Para isso, reforçamos o trabalho de prevenção, pois ele ajuda na interrupção da cadeia de transmissão”, disse. 

Grávida de nove meses da terceira filha, Kássia Aureliano, de 33 anos, elogiou a iniciativa. “Eu só tenho a agradecer à maternidade por trazer assuntos como este. É o tipo de assunto que muitas mães ainda são leigas, e por ter sido bem explicado e de forma clara, a compreensão ficou fácil”, comentou.

A técnica de enfermagem e que integra o setor de Epidemiologia da MACMA, Wilna Santiago, comentou a relevância do encontro. “Como já sabemos, a Sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que atinge, em sua maioria, gestantes e recém-nascidos. Apesar de todos os esforços, os casos ainda são grandes, por isso a necessidade de sempre buscar melhorar os serviços de prevenção, assim como o tratamento oferecido às grávidas e seus respectivos parceiros”, disse.