Governo promove ações de combate à leishmaniose em Itapecuru-Mirim
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), intensificou, nesta semana, as ações de combate à leishmaniose tegumentar no município de Itapecuru-Mirim. As ações foram realizadas em decorrência do registro de 18 casos suspeitos da doença no município, sendo nove confirmados laboratorialmente, quatro aguardam resultado e os demais negativos.
Entre as ações, estão a capacitação de médicos e enfermeiros para manejo clínico dos casos; suporte para investigação entomológica na localidade com disponibilização de carro, reagentes e identificação de espécie de vetor no Lacen; disponibilização de medicamentos; e capacitação de equipe para borrifação com disponibilização de bombas e inseticidas.
Além disso, está sendo realizada uma investigação de campo para definição de tipo de transmissão; capacitação de equipe de educação em saúde, zoonoses, endemias, epidemiologia e atenção primária; acompanhamento e avaliação médica dos casos; e controle de qualidade de lâminas de diagnóstico.
“Nosso objetivo é ajudar o município de Itapecuru a enfrentar essa situação epidemiológica com a organização do diagnóstico e tratamento dos pacientes, assim como as atividades de controle. Nossas equipes, compostas também por infectologista e médico veterinário estão em campo realizando as ações que já foram elencadas”, afirmou a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças/SES, Tayara Costa Pereira.
Também foi organizado o fluxo de referência e contra-referência de pacientes, sendo o Hospital Regional como apoio para uso do medicamento Anfotericina B Lipossomal e Hospital Presidente Vargas para casos atípicos.
“Nos reunimos com as equipes da Atenção Primária para organizar todo o fluxo para diagnóstico e tratamento da doença. Visitamos a UBS e alguns pacientes para que pudéssemos determinar qual o tipo de transmissão e chegar a uma conclusão do tempo de infecção e as ações de controle. Além disso, nosso infectologista está acompanhando os pacientes que estão precisando de uma avaliação de referência mais específica”, explicou a coordenadora do Programa de Vigilância e Controle das Leishmanioses da SES, Monique Maia.
Sobre a doença
Há duas formas de leishmaniose: a tegumentar, ou cutânea, e a visceral. A tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, transmitida por diversas espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acometem o homem e provocam úlceras na pele e nas mucosas das vias aéreas superiores.
A leishmaniose tegumentar pode manifestar-se em homens e mulheres de qualquer idade. A maioria das infecções ocorrem em meninos a partir dos 10 anos de idade.
Os sintomas variam segundo o tipo de parasita transmitido pela picada do mosquito e as condições imunológicas da pessoa. O primeiro sinal da forma cutânea costuma ser uma única ou várias lesões, quase sempre indolores na pele. Inicialmente, são feridas pequenas, com fundo granuloso e purulento, bordas avermelhadas, que vão aumentando de tamanho e demoram para cicatrizar.