O Maranhense|Noticias de São Luís e do Maranhão

"
Giro de Noticias

Governo lamenta falecimento do poeta, escritor e jornalista maranhense Cunha Santos

A Secretaria de Estado da Comunicação Social (Secom) externa profundo pesar pelo falecimento do poeta, escritor e jornalista maranhense, Jonaval Medeiros da Cunha Santos, ou simplesmente Cunha Santos. O jornalista faleceu nesta quarta-feira (20), aos 69 anos, em um hospital da capital, após sofrer duas paradas cardíacas.

Natural de Codó, Cunha Santos nasceu no dia 10 de novembro de 1952, mas ainda jovem estabeleceu residência em São Luís. Formado em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Cunha Santos se engajava em causas sociais na segunda metade da década de 1970, participando ativamente dos movimentos contra a ditadura militar e na Greve da Meia Passagem, em 1979.

A atuação em causas sociais definiu o estilo e temas abordados por Cunha Santos em sua obra poética e literária. Autor de obras como “Meu calendário em pedaços”, “O esparadrapo de março”, “Paquito, o anjo doido”, “Pesadelo” (contos), “Odisseia dos Pivetes” (poema), “A madrugada dos alcoólatras” e “Vozes do Hospício”, Cunha Santos sempre “deu voz a segmentos marginalizados”, como frisa o jornalista e diretor de jornalismo da Rádio Timbira AM, Ribamar Praseres, emissora ao qual Cunha Santos estava vinculado.

“Ele é um ícone do jornalismo maranhense. Em seu trabalho como jornalista, ele sempre teve foco no jornalismo político, mas como escritor ele deu voz a segmentos marginalizados, devido sua atuação nos anos 70 e 80. Cunha Santos contribuiu muito com o avanço da consciência dos maranhenses sobre os seus problemas sociais”, reforça Praseres.

Como escritor venceu seis festivais literários no Maranhão, como jornalista trabalhou na redação de vários jornais, como o Jornal Pequeno, e, mais recentemente, estava como servidor da Rádio Timbira, apresentando os programas “Redação 1980” e “Contraponto”.

Sempre atento aos fatos e uma leitura crítica dos acontecimentos, o jornalista usava seu blog pessoal, o JM Cunha Santos, como uma das principais ferramentas para denunciar temas de interesse público.

A Secom/MA pede desculpas pelo atraso na manifestação, que ocorreu em virtude de um erro nos sistemas internos, e reitera que junto a toda a imprensa maranhense se sente enlutada com essa irreparável perda para o jornalismo maranhense.