Governo e ONU Mulher discutem políticas públicas direcionadas a mulheres indígenas e quilombolas

Na manhã desta quinta-feira (3), a Secretaria de Estado da Mulher (SEMU) recebeu uma comitiva com representantes da ONU Mulher. Na ocasião, estiveram presentes Anastasia Divinskaya e Ana Cláudia Pereira, representantes da ONU Mulher, bem como a deputada estadual Ana do Gás. Elas foram recebidas pelas secretárias da pasta, Nayara Monteiro e a adjunta Kari Guajajaras.

No encontro, foram colocados em pauta alguns trâmites iniciais, como ferramentas para a conclusão da participação maranhense no projeto “Direitos Humanos de mulheres indígenas e quilombolas: uma questão de governança”.

A representante da ONU Mulher, Anastasia Divinskaya, falou um pouco sobre os objetivos do projeto e suas expectativas. “O projeto de parceria com o estado do Maranhão está baseado nas necessidades e prioridades expressas por mulheres indígenas e quilombolas no ano passado. O projeto veio para dar oportunidades ao Maranhão. Esperamos trabalhar com vocês nos próximos três anos, e junto com a equipe da SEMU poder entender melhor suas necessidades, as suas prioridades. Conhecer as boas práticas de vocês em relação aos direitos das mulheres indígenas e quilombolas. E gostaríamos de saber mais nessa fase inicial de projeto, para isso contamos com vocês”, enfatizou.

A gerente de Projetos da ONU Mulher Brasil, Ana Cláudia Pereira, também falou sobre os objetivos do projeto para a pauta das mulheres destas comunidades. “O projeto visa, através do esforço e da mobilização de recursos junto à Embaixada da Noruega, trazer projetos específicos para mulheres importantes na proteção do meio ambiente. Estamos muito felizes com esse propósito de ajudar essas comunidades no seu crescimento e na defesa dos seus direitos”, ressaltou.

A deputada estadual Ana do Gás, que esteve presente na reunião, agradeceu à ONU e falou um pouco sobre a atuação do Governo do Maranhão nas politicas públicas direcionadas às mulheres indígenas e quilombolas. Ela falou também sobre a importância de fortalecer essas políticas de forma permanente.

“Gostaria de agradecer a Ana Cláudia Pereira e a ONU. Sejam bem-vindos ao Maranhão, um estado muito acolhedor, que está sendo administrado por um grande homem, o governador Flávio Dino, que tem defendido políticas para mulheres, que tem investido nessa pauta. Para mim é uma honra representar as mulheres no parlamento e fazer parte dessa construção de tudo que vem sendo alcançado pela SEMU. A nossa condição é fortalecer essas políticas de maneira permanente, para que elas se enraízem, independente de quem possa está ocupando esses cargos”, comentou.

A secretária estadual da Mulher, Nayara Monteiro, destacou a importância de dar voz ativa às mulheres na construção deste projeto, para que haja um diálogo mais democrático sobre pautas tão importantes paras as mulheres.

“São as mulheres indígenas e quilombolas que estão no enfrentamento a graves problemas em todo o mundo, como as mudanças climáticas. Permitir a plena participação delas, de modo a efetivar os direitos dos quais elas são titulares, é um objetivo fundamental do projeto. Nossa equipe conta com mulheres fortes, que estão atuando em várias frentes de trabalho, em diversas áreas, na pauta das políticas destinadas às mulheres”, afirmou Nayra Monteiro.

A secretária adjunta Kari Guajajaras também destacou a necessidade de dar voz às mulheres. “É um prazer imenso receber vocês aqui. Principalmente pela proposta de despertar. Despertar para sua diversidade. Despertar pelo respeito às diferenças, e realmente potencializar algo que já implementamos no discurso, mas ainda não conseguimos implementar no processo de execução. Por isso, vejo um potencial enorme nesse projeto, porque através dele há uma possibilidade de fazer uma política pública de verdade. Sejam bem-vindas e contem conosco”, declarou.

A possibilidade de parceria tem sido debatida junto ao Governo do Estado. O projeto irá durar cerca de 36 meses e trará uma série de benefícios, como a garantia de direitos, através de medidas governamentais diretas em apoio a unidades estatais e municipais, com a inclusão de planos e orçamentos para pôr fim às desigualdades e práticas discriminatórias, gerando assim, desenvolvimento, visibilidade e garantia de direitos às mulheres indígenas e quilombolas.