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Governo do Maranhão reestrutura rede escolar em São Luís e promove avanços na educação

Estrutura com laboratório de robótica, aula de música, disciplinas eletivas, sala de Projeto de Vida, campo de futebol. Pode-se até pensar que se trata de uma escola da rede de ensino privada, mas é uma unidade pública da rede estadual maranhense. Localizado no IV Conjunto Cohab Anil, em São Luís, o Centro Educa Mais Almirante Tamandaré é um dos vários exemplos da revolução que vem sendo feita na educação estadual e uma mostra do compromisso do Governo do Maranhão com o desenvolvimento da capital do estado, São Luís, que chega aos 411 anos, nesta sexta-feira, 8 de setembro, e recebe investimentos de R$ 88 milhões na Educação, dentro da programação que celebrará seu aniversário.

Inaugurada em 27 de janeiro de 1982, originalmente a escola se chamava Colégio Integrado de 2º grau Almirante Tamandaré. O nome é uma homenagem ao Almirante Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré, que é o Patrono da Marinha do Brasil.

A instituição passou por reformas em 1989 e 2006. Em 2017, para contemplar as ações necessárias ao modelo de ensino médio em tempo integral, a escola recebeu mais uma reforma e adequação na estrutura física, e mudou a nomenclatura para Centro Educa Mais Almirante Tamandaré. E uma nova reforma estruturante, foi inaugurada pelo governador Carlos Brandão em abril deste ano.

O vice-governador e secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão, traça um panorama deste momento vivido pela rede estadual de ensino na capital maranhense. “São Luís conta com muitas escolas tradicionais espalhadas em diversos bairros, aonde os jovens vão para aprender, se alimentar, criar boas referências, ter acesso a arte, cultura, lazer, esporte, perspectivas de vida e exercer seu protagonismo juvenil. E o Governo do Estado está melhorando não apenas a estrutura física destas escolas, com todas as obras que estão sendo inauguradas, mas, também, a parte pedagógica com a formação e valorização dos nossos professores”, afirma.

Aprovação dos estudantes

E são justamente os grandes beneficiados com todas estas transformações que atestam como os investimentos feitos pelo Governo do Maranhão estão transformando o processo de ensino-aprendizagem, tornando-o mais dinâmico, atrativo e eficiente.

É o caso do estudante Carlos Eduardo de Castro, 18 anos, que está no terceiro ano do ensino médio e acompanhou o processo de reestruturação que vem sendo executado na escola. “Hoje, eu estudo em uma escola onde todas as salas de aula têm ar-condicionado, e isso dá mais qualidade para o aluno porque é muito mais difícil se concentrar no calor. Então, com todo esse conforto, a qualidade do ensino melhora muito”, frisa.

Apesar de morar em um bairro distante da escola, a Vila Luizão, Carlos Eduardo de Castro decidiu estudar no Almirante Tamandaré por influência da família. “Minha prima estudou aqui e eu me interessei. Eu fiquei muito impactado quando conheci toda essa estrutura. Eu nunca tinha visto um laboratório de química, física, biologia, robótica. E os professores são muito preocupados em encontrar novas formas de nos ensinar. Eu me sinto muito bem e acolhido aqui na escola”, conta.

Já Thaylla Rafaely Machado, 15 anos, está no 1º ano do ensino médio. Ela cursou o fundamental em um colégio da rede privada, e se adaptou rapidamente à nova escola. “Eu me adaptei muito fácil porque não tem diferença entre aqui e a minha antiga escola. Acho que o que eu posso falar de diferença é que a minha antiga escola era muito voltada para o esporte. Aqui, além da quadra e do campo de futebol, a gente tem os laboratórios, então, tem muito o incentivo à ciência também. O ensino aqui é ótimo. Todos os professores são muito bem qualificados”, comenta.

Recursos à disposição

Já os professores destacam a importância de terem à disposição todos os recursos necessários para uso em sala de aula. Entre eles está Rosenice Frazão, que dá aulas na sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE) para alunos com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Espectro Autista (TEA) e deficiências intelectuais.

“Aqui eu tenho todo o material necessário para trabalhar as dificuldades intelectuais e cognitivas dos alunos, e isso faz toda a diferença na formação desses estudantes, pois eles precisam ter um complemento ao conteúdo que é dado na sala de aula convencional. É uma emoção muito grande quando a gente pode realizar nosso trabalho em um espaço pensado para acolher por completo nossos alunos e ver que eles estão se desenvolvendo de forma satisfatória”, informa Rosenice Frazão.

O professor Joelson Alves de Sousa cita ainda outros recursos que a escola passou a dispor e que facilitam o trabalho do corpo docente. “Todas as salas de aula do 2º e 3º ano têm televisores, a escola tem 8 datashow, que os professores podem usar em suas aulas, caixas de som e notebooks. Tudo isso influencia muito na aprendizagem e faz com que nossos alunos se destaquem mais nos campeonatos, como o de robótica”, ressalta.

Novos projetos pedagógicos

Para o professor Kevson Moura, o maior diferencial da escola está nos projetos que ela desenvolve com os alunos. “Nós temos a disciplina Projeto de Vida, e a partir dela temos outros projetos que são desenvolvidos na escola, como o Encontro dos Sonhos no qual os estudantes passam o fim de semana inteiro na escola. Falamos sobre sonhos, valores, aprendizados para todos os tipos de alunos, e isso contribui muito para que eles se engajem no ambiente escolar e na vida”, explica.

Ele ressalta ainda o modelo de ensino mais adaptável como outra vantagem pedagógica. “Nós temos também as disciplinas eletivas, que é um modelo ainda muito novo e diferenciado de ensino no qual os estudantes podem escolher quais disciplinas cursar. E tem diversas áreas como robótica, ciências, tecnologia entre outras. Temos ainda o projeto de sustentabilidade, que está no currículo deste ano e desperta o interesse dos alunos para o tema”, assinala Kevson Moura.

40 anos de tradição

Com todos esses investimentos e mudanças, a escola chega aos 41 anos oferecendo uma educação voltada para o exercício da cidadania e do protagonismo juvenil, em que o estudante fortalece a construção dos seus projetos de vida e visão de futuro. Além disso, o prédio escolar dispõe de toda a estrutura necessária para o conforto e desenvolvimento educacional dos seus 846 alunos.

São 21 salas de aula climatizadas, laboratórios de química, biologia, física, matemática e informática, quadra poliesportiva coberta e campo de futebol. A unidade ainda conta com sala dos professores, sala de gestão pedagógica, sala maker, destinada aos projetos de robótica, sala de mídia, sala de gestão pedagógica, sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE) e sala de Projeto de Vida. A escola também possui biblioteca e auditório, entre outros ambientes fundamentais para o fortalecimento do ensino, além de ser totalmente adaptada para que alunos com deficiências se sintam completamente integrados.

“Há 5 anos eu sou a gestora do Centro Educa Mais Almirante Tamandaré e tenho sido testemunha do quanto ela tem avançado como instituição de ensino. Nossa escola tem uma estrutura de ponta, uma equipe de profissionais de excelência e alunos muito engajados em todas as atividades. Ela é a prova que educação de qualidade se faz com investimento, incentivo e acompanhamento”, comenta a gestora da escola, Chistiane Praseres.

IDEB

Investimentos como os vistos no Centro Educa Mais Almirante Tamandaré têm sido fundamentais para melhorar nota do ensino de São Luís nos principais apontadores que medem a qualidade do ensino, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), indicador do Governo Federal para medir a qualidade do ensino nas escolas públicas.

“Nas últimas avaliações do IDEB, São Luís variou entre o 5º e o 6º lugar entre as escolas das redes estaduais. As perspectivas são muito boas, e nós vamos melhorar muito mais com os investimentos que seguem sendo feitos nas escolas de tempo integral, como IEMAs, colégios militares e todas as transformações que estamos fazendo na educação. Em curto e médio prazo, nossos estudantes sairão das nossas escolas direto para o mercado de trabalho e universidades de todo o Brasil”, informa o vice-governador e secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão.

No mesmo dia em que foi reinaugurado o Centro Educa Mais Almirante Tamandaré, em abril deste ano, o governador Carlos Brandão também entregou as obras de reestruturação do Centro de Ensino Coelho Neto, no bairro Ivar Saldanha, e o Centro de Ensino João Paulo II, no Turu.

Além disso, o Governo do Maranhão tem investido nos institutos estaduais de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA). Atualmente, São Luís conta com 6 IEMAs: Itaqui, Gonçalves Dias, Rio Anil, Tamacão, Bacelar Portela e São Luís Centro, que somam 3.366 estudantes.

Os IEMAs ofertam educação profissionalizante em tempo integral, dando aos jovens condições e oportunidades para o desenvolvimento dos seus potenciais.

Atualmente, a rede pública estadual de ensino possui 61 escolas de tempo integral, incluindo unidades escolares dos Centros Educa Mais e IEMAs.

Investimentos

E os investimentos do Governo do Maranhão na rede pública de ensino são muitos. Em 2023, a Educação é uma das prioridades. Somente para São Luís, os recursos destinados somam R$ 88 milhões em 73 obras, entre concluídas e em execução. São serviços de adequação, revitalizações, ampliações e construções. Os investimentos fazem parte da programação que celebrará os 411 anos da cidade no eixo Educação.

A Escola Nossa Senhora de Fátima, no Residencial Ribeira, Zona Rural de São Luís, está entre as beneficiadas, com investimento no valor de cerca de R$ 2 milhões.

Em relação às obras concluídas em São Luís, são 42 serviços de adequações, pinturas, reformas, trabalhos de manutenção predial, somando um investimento aproximado de R$ 43 milhões. Além das 42 obras concluídas, mais 28 estão em execução com investimento de R$ 45 milhões para serem entregues até dezembro de 2023, e ainda três ações educacionais.