Força Estadual de Saúde reforça vacinação e cresce percentual da população imunizada contra a Covid-19 no MA
Vacinar populações quilombolas, indígenas e ribeirinhas nas localidades mais longínquas do Maranhão. Essa vem sendo a rotina de equipes da Força Estadual de Saúde (Fesma), que cruzam o estado para acelerar a cobertura vacinal contra a Covid-19 nas cidades maranhenses. A tarefa não é fácil, já que em algumas dessas localidades sequer existe acesso por via terrestre. Mas o esforço tem feito diferença. Desde que a Fesma começou a atuar na campanha vacinal, números da vacinação no Maranhão apresentam crescimento.
Dados do consórcio dos veículos de imprensa, atualizados no último dia 6 de maio, e publicados em monitor do jornal Folha de S. Paulo, apontam que 18,9% da população maranhense adulta já recebeu ao menos a D1 (dose inicial) da vacina contra o coronavírus.
Isso configura ao Maranhão, até o momento, a 19ª posição no ranking da vacinação nacional em números proporcionais, ou seja, em relação ao total da população do estado. Até do dia 6 de abril, antes do apoio da Fesma, o Maranhão estava em 24º lugar.
Com a contratação de quase 600 profissionais para auxiliar 90 municípios no processo vacinal de comunidades tradicionais do Maranhão, a imunização acelerou. Nos 76 dias de vacinação que antecederam o trabalho da Fesma, o Maranhão registrava cerca de 8,1 mil doses aplicadas por dia, a melhor média daquele período. Com pouco mais de 20 dias de atuação da Força Estadual, no dia 29 de abril, esse número já era o equivalente ao triplo e o Maranhão iniciou o mês de maio com aplicação média de 27,4 mil doses/dia.
Ainda segundo os dados do consórcio de veículos de imprensa, ao todo, 1.342.501 de doses do imunobiológico contra a Covid-19 já foram aplicadas no Maranhão. Em coletiva de imprensa, o governador Flávio Dino destacou o efeito da vacinação para a queda no número de casos e de óbitos na faixa etária entre 70 e 79 anos de idade. Para o governador, a vacinação salva vidas e desafoga a rede pública de saúde.
“A vacinação faz diferença. É uma barreira muito importante. As senhoras e os senhores podem aquilatar o que isso representou de diminuição de sofrimento, de perda de vidas e de sobrecarga no sistema hospitalar”, disse Flávio Dino.
A Fesma trabalha em parceria com os municípios nas localidades onde as comunidades estão. O trabalho inclui orientação geral, vacinação e registro de doses utilizadas, que devem ser informadas no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).
“Nosso sentimento, trazendo a vacina e esperança para essa comunidade tão distante é de muita gratidão e emoção”, conta a enfermeira da Fesma, Cristina Mattos, após trabalho de vacinação na isolada Ilha das Canárias, um paraíso natural entre os Lençóis Maranhenses e o Delta do Parnaíba, onde vive uma colônia de pescadores.
A vacinação das comunidades quilombolas segue as orientações do Ministério da Saúde e do Ministério Público Federal, que recomendou a instituição de medidas para evitar o contágio e a disseminação da doença entre povos e comunidades tradicionais brasileiras.
Vacinação dos professores é destaque nacional
Outro fator importante para o aumento no número de aplicações no Maranhão é a vacina para os profissionais da educação. Na cidade de Bacabal, por exemplo, professores com 30 anos ou mais já podem se vacinar. O bom ritmo da imunização dos profissionais da educação garantiu ao Maranhão o melhor rendimento nacional da cobertura vacinal para o segmento.
Nesta sexta-feira (7), o jornal Correio Brasiliense noticiou que “mais de 50 mil doses foram aplicadas no Maranhão” e que “o Maranhão foi o território brasileiro que mais aplicou vacinas em professores”. Também nesta semana, o jornal O Estado de São Paulo sublinhou que o Maranhão e o Espírito Santo já sinalizaram que “pretendem terminar as outras idades ainda em maio”.
Evolução da média de doses aplicadas por dia no Maranhão:
Janeiro: 1,8 mil doses/dia
Fevereiro: 3,2 mil doses/dia
Março: 7,3 mil doses/dia
Abril: 16 mil doses/dia
Maio: 27,4 mil doses/dia