Florêncio Neto denuncia caso de bullying contra criança autista em escola de Bacabal
O deputado Florêncio Neto (PSB) denunciou, na sessão plenária desta terça-feira (28), um caso de bullying sofrido por uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA), em uma escola de Bacabal. O parlamentar lamentou o ocorrido e cobrou que os envolvidos sejam responsabilizados.
Florêncio Neto relatou que o episódio aconteceu em uma escola da rede de ensino particular do município, onde um aluno de cinco anos e neurotípico, quando sujeito a uma situação de estresse, acabava levantando a voz e gritando em sala de aula e, para repreender a situação, a professora pedia que os outros alunos também gritassem no ouvido da criança.
“O autismo não é uma doença, portanto, não tem cura. É uma condição. E a maneira pedagógica que foi encontrada por aquela professora, ali na sala de aula, foi pedir que as crianças fossem, uma a uma, gritar no ouvido do aluno, para que ele entendesse que não era legal, não era salutar e não era justo que ele tivesse que gritar em sala de aula. Eu estou consternado com essa situação”, lamentou.
O parlamentar classificou o acontecimento como vexatório, triste e cruel e deu o seu testemunho, como pai de criança autista, da luta de todos os pais e mães para que os filhos com essa condição sejam incluídos da melhor forma possível.
“Eu, que fui pai de criança também neurotípica, sei o que sofre um pai, uma mãe, que a única coisa que querem é envolver o seu filho da melhor forma possível. É incluí-lo, é cuidar dele. É lamentável ver na minha cidade, em uma escola particular, na escola de mensalidade mais cara de Bacabal, uma situação lamentável como essa acontecer”, assinalou.
Solidariedade
O deputado Florêncio Neto chamou a atenção, ainda, para os dados que apontam que uma a cada 50 crianças no Brasil é autista e que, infelizmente, muitas instituições de ensino ainda não estão preparadas para recebê-los. Ele também cobrou que os envolvidos no episódio sejam responsabilizados e prestou solidariedade à família.
“Nós temos amparo legal. Temos previsão tanto no nosso ordenamento penal, quanto no ordenamento civil. Fica aqui registrada, nesta tribuna, a minha indignação e, também, a minha solidariedade com essa crueldade, porque eu não consigo utilizar outra expressão para isso que aconteceu semana passada na minha cidade. O meu gabinete está à disposição. Eu, como advogado, estou à disposição para que a gente tome todas as medidas cabíveis que a família precise e deseje adotar”, ressaltou.