IMPERATRIZ – A Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), em uma iniciativa do Núcleo de Associativismo e Negócios (NAN), promoveu, na segunda-feira, 17, a palestra “Estratégias Tributárias para o Sucesso Empresarial: Planejamento e Recuperação em Foco”, em Imperatriz. O evento reuniu empresários e profissionais da área tributária, abordando temas relevantes para a otimização da carga fiscal, recuperação de créditos e integração da gestão tributária à estratégia corporativa.

Os participantes acompanharam, com atenção, o evento, a fim de compreender os desafios tributários enfrentados pelas empresas, especialmente com a implementação da Reforma Tributária, que representa uma das maiores mudanças fiscais recentes. Durante o evento, foram apresentadas ferramentas práticas para auxiliar as empresas da Região Tocantina na adaptação às mudanças trazidas pela reforma.

“A FIEMA se compromete a apoiar os empresários na adaptação às mudanças, fornecendo os conteúdos necessários para manter a competitividade e conformidade com as novas exigências fiscais”, afirmou o presidente do Sinduscon Oeste, Richard Sebba, que representou a Federação no evento.

Em sua palestra, o auditor e tributarista, Edgar Madruga, destacou a importância de lidar de forma responsável com o tributo. “Ou você lida com tributário de forma direta ou você rasga dinheiro”, afirmou, enfatizando que um planejamento tributário mal estruturado pode resultar em prejuízos financeiros imensos para as empresas.

O especialista explicou sobre as alterações previstas na Reforma Tributária, que ainda está em processo de implementação, com o objetivo de simplificar e modernizar o sistema de arrecadação tributária no Brasil. Uma das principais mudanças é a unificação de impostos federais, estaduais e municipais, como o ICMS, IPI e PIS/COFINS, no novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A junção dos impostos visa reduzir a complexidade do sistema tributário e diminuir a burocracia para as empresas, o que promete facilitar o cumprimento das obrigações fiscais.

REFORMA TRIBUTÁRIA, O QUE MUDA? –Contudo, a reforma também apresenta desafios. O novo modelo prevê uma nova alíquota única para diversos produtos e serviços, o que pode impactar o fluxo de caixa das empresas, especialmente no primeiro momento. Para alguns setores, a transição pode gerar aumento na carga tributária, o que exige uma revisão cuidadosa de estratégias fiscais. Além disso, o IBS será compartilhado entre os entes federativos, o que pode trazer novos desafios em termos de interpretação e apuração do tributo.

“O compliance tributário nunca foi tão importante”, disse o especialista em Direito Tributário e palestrante, Guilherme Oliveira. “Com as mudanças na legislação, as empresas precisam estar atentas para evitar autuações e garantir que as novas normas sejam cumpridas de forma eficiente e sem riscos.”

CONSEQUÊNCIAS PARA AS EMPRESAS – A reforma traz um mix de desafios e oportunidades para as empresas. Entre os aspectos positivos, a unificação dos impostos reduzirá a carga burocrática e poderá resultar em uma maior transparência fiscal. No entanto, as empresas precisarão de tempo e planejamento para ajustar seus processos e se adequar às novas alíquotas. A transição para o IBS pode gerar complexidade durante o período de adaptação, com implicações diretas nas margens de lucro, principalmente para empresas que operam em diferentes estados.

A presença de Fernando Oliveira, vice-presidente do CRC-MA, no evento em Imperatriz, foi importante para o debate sobre a atuação dos contadores nesse cenário. “O contador tem um papel fundamental, não apenas no planejamento tributário, mas também na orientação para as empresas sobre como se adaptar às mudanças e minimizar impactos financeiros durante a transição”, afirmou Oliveira.

O empresário do setor de construção civil em Imperatriz, João Bosco, ressaltou como a reforma pode afetar diretamente os pequenos e médios negócios. “A palestra foi muito esclarecedora, principalmente sobre os impactos da Reforma Tributária. As mudanças precisam ser entendidas e aplicadas de forma correta para que possamos continuar competindo de maneira saudável no mercado”, afirmou João.

A coordenadora técnica-executiva da FIEMA, Roberta Tanus, explicou que, com o apoio do CRC-MA e OAB-MA, o objetivo do evento foi proporcionar uma visão abrangente das estratégias tributárias para aumentar a competitividade das empresas da Região Tocantina. “Abordamos temas essenciais, como ICMS, IPI, PIS/COFINS e as implicações diretas da reforma sobre o fluxo de caixa das empresas”, ressaltou.

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