SÃO LUÍS –Representantes da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) estiveram reunidos, na última terça-feira (05), com o Grupo Inpasa e o Sindicato das Indústrias de Cana e Álcool do Estado do Maranhão e Pará (Sindicanálcool), na Casa da Indústria Albano Franco, em São Luís. O objetivo do encontro foi estreitar o relacionamento entre o sindicato e a indústria de etanol de milho, que está se instalando no município maranhense de Balsas, para o fortalecimento do biocombustível e o incremento na oferta de proteína animal. A união da cana de açúcar e do milho visa contribuir para o crescimento econômico, social e ambiental sustentável do estado do Maranhão. 

Durante a reunião foi discutida a importância da cooperação entre os estados do Maranhão e Pará e a sinergia entre as indústrias para competir com produtos de fora da região. Em sua fala, o presidente do Sindicanálcool, Milton Campelo, ressaltou a necessidade de revisar o estatuto do sindicato para garantir a participação e acomodação de novos membros e interesses, como o Grupo Inpasa. Ele ainda destacou que as questões ambientais e regulatórias são pautas convergentes e que a colaboração é essencial para avançar nessas áreas.  

No encontro ainda foi mencionada a necessidade de trabalhar com o governo estadual para fomentar a produção interna e a geração de emprego e renda, incluindo a possibilidade de revisão tributária para estimular o consumo de etanol hidratado. A reunião também girou em torno da importância da participação ativa em conselhos e comitês ambientais, a fim de contribuir para decisões e regulamentações que afetam o setor.  

A diretora da FIEMA, Cíntia Ticianeli, frisou o papel da Federação como agente de articulação entre sindicato e empresários. “Acredito que nossa atuação seja no sentido de oportunizar o aperfeiçoamento da relação institucional e aproximar as empresas das entidades patronais”, disse. 

O vice-presidente do Grupo Inpasa, Rafael Ranzolin, agradeceu todo o apoio da FIEMA durante o processo de implantação da empresa no estado. “Primeiro quero agradecer à Federação pela acolhida da Inpasa na região, sempre dispostos a nos ajudar. Deixo registrado aqui o nosso agradecimento também ao sindicato que tem se mostrado muito solicito nessa empreitada. Esperamos estar colaborando de maneira mais intensiva, não só para o desenvolvimento industrial do estado, mas também participando de forma mais efetiva em todas as políticas que estruturam o poder da indústria, o poder da verticalização dentro do estado do Maranhão”, disse o executivo. 

Além do presidente do Sindicanálcool, Milton Campelo, e da diretora da FIEMA, Cíntia Ticianeli, também estiveram presentes à reunião na Casa da Indústria, o superintendente da FIEMA, César Miranda e a Relações Institucionais e Assuntos Regulatórios do Grupo Inpasa, Fabiane Lazzareschi.  

SOBRE A INPASA –Quando estiver em funcionamento, em Balsas, a partir de 2025, a expectativa da indústria Inpasa é processar 1 milhão de toneladas de cereais, produzir 230 mil toneladas de DDGS (Dried Distillers Grains), 23 mil toneladas de óleo, 460 milhões de litros de etanol e 200 Gwh de energia elétrica por ano. Durante a primeira fase do projeto, o investimento será de R$ 1,2 bilhão e, na segunda fase, cerca de R$ 2,5 bilhões. Serão gerados mais de 2 mil empregos diretos no Maranhão e 350 empregos diretos nas áreas de engenharia, produção, administração, projetos e operação.