FIEMA e SINDIPAN realizam “Movimento Empresarial: Futuro da Panificação e Confeitaria”
SÃO LUÍS – A Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), por meio do Núcleo de Associativismo e Negócios (NAN), e o Sindipan em parceria com a Moinho Cruzeiro do Sul, promoveram o “Movimento Empresarial: Futuro da Panificação e Confeitaria”, na última quinta-feira (04), na Casa da Indústria Albano Franco. Durante o encontro foi lançada oficialmente em São Luís, a campanha nacional “Pão Solidário”, pelo presidente da Associação Brasileira de Panificação (ABIP), Paulo Menegueli.
A Associação Brasileira de Panificação representa mais de 70 mil padarias filiadas, a maioria de micro e pequenas empresa familiares, que empregam 950 mil funcionários diretamente e geram mais de 2,5 milhões de postos de trabalho indiretos. O faturamento do setor é crescente e em 2023 ultrapassou a marca dos R$ 136 bilhões. Para muito além do pãozinho francês de todo dia, o setor também teve que se reinventar depois da pandemia. “A pandemia forçou a revisão de conceitos e práticas na panificação, fortaleceu serviços como o delivery e trouxe a diversificação e o ajuste do mix de produtos”, explicou Menegueli.
Durante o evento, consultores do Sistema FIEMA (SESI, SENAI, IEL) apresentaram suas soluções para a modernização do setor da panificação, incluindo capacitações, consultorias e ações voltadas para a saúde e segurança dos trabalhadores. O chefe da Seção de Fiscalização do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho do Estado do maranhão, Paulo Lásaro, apresentou os resultados da Avaliação da Ação Especial Setorial do Segmento da panificação. A presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de São Luís, Francina Rosa, reforçou o valor das parcerias institucionais para que as empresas do setor implementem melhorias em prol de toda a cadeia produtiva da panificação. Na ocasião, o SENAI apresentou o projeto “Panificação em Movimento”, iniciativa de capacitação de mão de obra para o setor em parceria com a Moinho Rosa Branca, com uma agenda de cursos a partir de agosto.
Menegueli chamou a atenção dos empresários para a necessidade de formação de mão de obra qualificada, para a valorização dos funcionários, para a promoção da saúde e segurança no trabalho e para o Programa Jovem Aprendiz, visando a formação e retenção de jovens no setor. “Instituições do Sistema S, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Serviço Social da Indústria (SESI) e o Sebrae são muito importantes”, mencionou. O vice-presidente da FIEMA e presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-MA, Celso Gonçalo, reforçou que os empresários devem aproveitar o que o Sistema S tem para oferecer para aqueles que querem empreender.
As padarias, segundo Menegueli, estão evoluindo para centros gastronômicos, oferecendo uma variedade de produtos e serviços para além do pão tradicional. Além disso, os empresários do setor enxergam hoje a importância de atender a múltiplas necessidades dos clientes ao longo do dia, como almoço, café da tarde e lanches noturnos. “Como tendências de consumo temos, por exemplo, o aumento da demanda por produtos mais saudáveis, com fermentação natural fabricados com foco na qualidade de vida e bem-estar dos consumidores. Há ainda uma adaptação às necessidades locais, com uso de produtos regionais e locais na produção, como fubá, tapioca e cuscuz, para atender às preferências locais e não perder mercado”, resumiu.
SOLIDARIEDADE – A ABIP lançou oficialmente em São Luís a campanha nacional “Pão Solidário” durante o “Movimento Empresarial: Futuro da Panificação e Confeitaria”. O objetivo é ajudar os empresários e colaboradores do setor de panificação e confeitaria que foram atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Para isso, o renomado chef Luiz Farias desenvolveu voluntariamente uma receita que já está sendo replicada em mais de 500 padarias em todo o país.
O 1º secretário da FIEMA e vice-presidente regional Nordeste da ABIP, Pedro Robson Holanda, explicou que as padarias de São Luís já começaram a aderir à campanha que destina 50% do valor da venda dos pães para a ABIP ajudar os empresários e funcionários do setor que sofreram perdas com as enchentes no Rio Grande do Sul.