Empresários industriais do Maranhão demonstram otimismo com cautela em março
– O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), pesquisa elaborada pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresenta otimismo cauteloso em março de 2024. O resultado é decorrente da percepção do empresariado sobre o ambiente de negócios no estado, que refletiu na queda de 3,8 pontos na confiança na passagem de fevereiro para março. O índice, no entanto, permanece no patamar considerado positivo, marcando 53,2 pontos.
O declínio também foi observado nos índices do Nordeste (-1,6 ponto) e do Brasil (-0,1 ponto) no mesmo período. É possível que essa redução, embora em uma magnitude menor do que a do Maranhão, seja explicada pela maior diversificação das atividades industriais na região nordestina e nacional.
Ao avaliarem as condições atuais do ambiente econômico, os empresários da indústria apontam quedas significativas nos três indicadores pesquisados em relação ao mês anterior: tanto para a economia brasileira, quanto para o estado ou para as empresas. Todos ficaram abaixo da linha dos 50 pontos, indicando pessimismo.
EXPECTATIVAS – Segundo o coordenador de Ações Estratégicas da FIEMA, José Henrique Braga Polary, a percepção negativa do ambiente de negócios, de modo geral, parece estar contribuindo para esse sentimento desfavorável.
A pesquisa também apontou que as expectativas dos empresários da indústria para os próximos seis meses não demonstram, em valor absoluto, grandes divergências em relação às apresentadas em fevereiro. No entanto, são menos animadoras, mesmo permanecendo na faixa de otimismo, nos três componentes. “Isso sugere uma postura mais cautelosa”, explicou o economista da FIEMA.
Setorialmente, observa-se que as expectativas dos empresários da indústria extrativa e de transformação permanecem na faixa de otimismo em todos os três componentes da pesquisa – economia brasileira, estado e a empresa – com pontuação superior a 50, sem alteração significativa em relação a fevereiro. No entanto, o mesmo não pode ser dito sobre os empresários da Construção Civil, cujas expectativas têm pontuação menor do que no mês passado, demonstrando pessimismo quando avaliados sobre a economia brasileira.