Exigências de garantias, taxa de juros e processo burocrático dificultam crédito para industriais maranhenses
Uma pesquisa do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) revela que as exigências de garantias (reais, avalista, fiança, caução), taxas de juros elevadas e o processo burocrático são as principais dificuldades apontadas por 74% dos industriais que buscam empréstimo para a realização de investimentos.
Outros impedimentos à obtenção do empréstimo salientado na pesquisa foram o registro no SERASA, SPC, exigência de reciprocidade (aquisição de outros produtos junto a instituição financeira), prazos curtos e falta de certidões.
A pesquisa feita nos 12 primeiros dias de abril, com a participação de indústrias de todos os portes (41% microempresa; 41% pequeno porte; 14% médio porte e 3% grande porte), revelou que 41% dos empresários do setor industrial, no estado, buscam empréstimo para a realização de investimentos e 32% buscam para capital de giro.
“A pandemia do coronavírus impactou fortemente o caixa das empresas. No setor industrial, a saída para muitos negócios tem sido a redução da produção, até mesmo pela falta de insumos e os custos gerais da operação. Apesar desse cenário de incerteza, onde essa parceria com as instituições financeiras poderia ser mais maleável, boa parte das indústrias maranhenses ainda encontram muita dificuldade para obter crédito”, destacou o superintendente da FIEMA, Cesar Miranda.
INVESTIMENTOS – Segundo a pesquisa, 41% dos empresários têm interesse em fazer investimento com o crédito, sendo que 16% querem investir em máquinas e equipamentos. Em contrapartida, os investimentos em inovação e realização de projetos abrigam apenas 6% cada. Para Investimentos em construções, reformas ou ampliações, 10% dos empresários demonstraram interesse.
CAPITAL DE GIRO – A pesquisa também revelou que 32% das necessidades dos industriais no estado são para capital de giro, sendo 23% para longo prazo e 9% para curto prazo.
Para a empresária do setor de reparação automotiva, Katylene Silva Araújo Correa o processo burocrático é um dos maiores entraves para acesso ao crédito de capital de giro.
“Tentei solicitar crédito a um banco no final de 2020 para capital de giro. Devido ao baixo faturamento dos meses anteriores, ocasionado pela pandemia, a solicitação foi negada. Como ter um faturamento condizente com o que o banco solicita se estamos em pandemia?!”, enfatiza a empresária maranhense.
NAC– “O acesso ao crédito é uma das grandes dificuldades dos empresários, principalmente dos pequenos e médios. Reconheço o esforço do NAC e da CNI em promover essa importante ligação com os Bancos e oportunizar crédito aos empresários em condições especiais!”, destacou o presidente da FIEMA, Edilson Baldez das Neves.
“O NAC no Maranhão já atendeu nos últimos 8 meses, mais de 500 empresas maranhenses, além disso, dispomos de uma série de cartilhas que estão disponíveis gratuitamente no site da Federação para auxiliar os empresários sobre linhas de crédito e como acioná-las”, enfatizou Didier Júnior, um dos gestores do NAC no Maranhão.
ACESSO – Para um atendimento personalizado por profissionais preparados para ajudar na escolha do melhor financiamento a ser contratado pelo telefone (98) 3212-1860 ou pelo email nac@fiema.org.br