De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia, 13% da população mundial possui cálculos renais e, no Brasil, o número representa 5% dos habitantes, isto é, pelo menos 10 milhões de brasileiros têm pedras nos rins, como a doença é popularmente conhecida.

Os cálculos renais são formações endurecidas, como pedrinhas em cristais, que surgem nos rins ou nas vias urinárias devido à pouca ingestão de água, comidas com muito sal e proteínas. Eles resultam da má distribuição e inadequada filtragem de componentes da água, como sódio, cálcio, oxalato e fosfato.

Os especialistas atestam que essa é uma doença duas vezes mais comum em homens do que em mulheres e pesquisas demonstram que, no verão ou em regiões de altas temperaturas, como no nordeste brasileiro, há um aumento de 30% na incidência de pedra no rim. Portanto, é importante saber como se cuidar para evitar esse problema.

Além de consumir mais água e evitar o consumo exagerado de sal, bem como fazer a ingestão moderada de proteínas, há meios preventivos tão simples quanto a mudança de hábitos. Hellen Lobato, farmacêutica-bioquímica do Laboratório Lacmar, explica a importância do exame de urina na prevenção das tão temidas pedras nos rins.

“O exame de urina é de suma importância, e não por acaso sempre muito solicitado em check-ups médicos. É ele que identifica se há infecções do trato urinário, doenças renais e doenças sistêmicas, podendo atuar também como preventivo de cálculos renais”, explica. “Esse exame analisa vários parâmetros e substâncias presentes na urina – densidade e PH, corpos cetônicos, glicose e hemoglobina, nitrito, proteínas e urobilinogênio, microrganismos como bactérias, fungos e protozoários, células epiteliais, hemácias e leucócitos, além de cilindros e cristais, sendo esses últimos os marcadores de pedra nos rins” explica Hellen.

Ela ressalta que, além do exame de urina, é necessário que o médico faça a investigação com a realização de outros exames complementares, normalmente de imagem, como um raio X do abdômen ou mesmo uma ultrassonografia, entre outros.

“O exame de urina é um exame mais geral e não define o diagnóstico, ou seja, ele é um primeiro indicador que vai sugerir ao médico continuar, se for o caso, uma investigação melhor até fechar um diagnóstico preciso de cálculo renal”, pontua a farmacêutica do Laboratório Lacmar.