Estresse em alta, cabelos em baixa: entenda por que isso acontece e o que fazer
Que o estresse pode fazer você “perder a cabeça” não é novidade. E quando essa situação começa, literalmente, pelo cabelo? A queda dos fios é um sinal comum quando as pessoas estão passando por momentos difíceis. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 42 milhões de brasileiros sofrem atualmente com a chamada alopecia, o nome técnico para a queda de cabelo. O problema acomete tanto homens quanto mulheres. Mas o que esses períodos de irritação e pouco controle emocional têm a ver com fios a menos na cabeça?
A ciência explica que o estresse pode provocar várias alterações fisiológicas, como diminuir ou até interromper a fase de crescimento das madeixas, que os especialistas chamam de fase anágena. Já a fase telógena, que é a famosa queda do cabelo, é acelerada pelos nervos à flor da pele. No geral, a média de 100 a 200 fios caírem diariamente é considerada normal. “O sinal de alerta surge mesmo quando aparecem perdas consideráveis com falhas que deixam à mostra parte do couro cabeludo”, explica a dermatologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Rosemar Lucena.
O tipo de queda mais comum relacionado ao estresse e distúrbios emocionais é a alopecia nervosa ou eflúvio telógeno, que é um tipo de queda abrupta e intensa de cabelo em curto período de tempo. “Esse tipo pode afetar o ciclo de crescimento do cabelo, fazendo com que uma quantidade maior de folículos pilosos entre na fase de repouso”, explica Rosemar.
Dá para observar que o ritmo de queda está fora do normal na hora de pentear, escovar ou lavar os cabelos. Quem sofre com o problema também pode notar fios ou tufos de cabelo maiores que o normal soltos em peças de vestuário ou na roupa de cama.
Mas nem tudo está perdido junto com os fios que se foram. “Vários tratamentos podem ajudar a reduzir os sintomas e promover o crescimento do cabelo, como injeções de esteróides, medicamentos tópicos e orais; e, principalmente, a terapia psicológica para lidar com estresse e ter uma melhor qualidade de vida”, finaliza a dermatologista.