Era digital: Até que ponto é saudável se deixar influenciar?

Com a facilidade do acesso à internet e o surgimento dos influencer digitais, fica cada vez mais difícil se manter afastado de influências e até sentimentos de inferioridade, afinal de contas, quem não quer a vida perfeita, o corpo perfeito e amizades perfeitas que as blogueiras compartilham em seus perfis?

Para adultos passa a ser uma atividade diária, entender que aquilo tudo não faz parte da sua realidade, mas agora vamos imaginar como funciona a cabeça das crianças e adolescentes que acompanham tudo nas redes sociais. 

“Crianças e adolescentes costumam eleger figuras de admiração e se encantar pelo que dizem, fazem e opinam. Não reconhecem os privilégios, oportunidades e contexto que essas pessoas têm e costumam se sentir frustradas mais facilmente por não terem a mesma vida “divertida”, “fácil” e “perfeita” dos influenciadores digitais”, explicou o professor do curso de psicologia do Centro Universitário Estácio São Luís, Jefther Felipe.

No meio dos influencers digitais conseguimos encontrar uma diversidade de conteúdos e esse é um dos pontos delicados ao se “deixar influenciar”, porque muitas das vezes são pessoas que falam com ou sem responsabilidade para com o público.

“Quando você percebe que acompanhar a vida de uma pessoa pública lhe causa sentimentos e pensamentos tais como baixa autoestima, inveja, raiva, desmotivação, tristeza ou mesmo uma positividade tóxica, é importante ficar atento para a possibilidade de deixar de acompanhar tal influencer”, pontuou o especialista. 

É aconselhável se manter atento para alguns sinais que podem se manifestar, caso esse acompanhamento nas redes se transforme em algo prejudicial à saúde. Sintomas como, por exemplo, desmotivação, ansiedade, tristeza, insatisfação constante e dificuldade para largar o celular, tudo isso pode ser um alerta vermelho de que você deve procurar ajuda de um profissional.