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Energia solar e renovável: como o Brasil se destaca na transição energética

No mundo moderno, a sociedade passou a depender cada vez mais da geração de energia. Nesse sentido, de modo geral, o movimento global caminha cada vez mais em rumo a produção de energia limpa visando o menor impacto em relação à natureza. Afinal de contas, embora o crescimento econômico e populacional possua tendência ao infinito, os recursos são finitos e, em razão disso, torna-se necessário preservá-los. 

O Brasil, nesse contexto, é um excelente exemplo. De acordo com o segundo balanço divulgado recentemente pela  Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), 22,2% de toda energia produzida em solo nacional é proveniente do sol. Em 2025, a geração de energia solar superou a marca de 55 gigawatts (GW) de potência instalada no território brasileiro. 

No Brasil, como funciona a energia solar?

O modo como a indústria de energia solar é abordada no Brasil não difere dos outros países. Isso ocorre pelo fato de se tratar de um modelo de produção de energia genérico em termos de confecção e aplicação. Em suma, o sistema de energia solar fotovoltaica transforma as ondas eletromagnéticas provenientes do sol na forma de luz em eletricidade. 

Essa eletricidade gerada pelo sistema costuma ser utilizada em áreas que possuem mais necessidade, podendo ser em casas, na indústria, em um escritório, entre outras. Para converter a energia solar em eletricidade, usam-se comumente painéis que possuem células fotovoltaicas compostas de materiais semicondutores, como o silício, por exemplo. 

Desse modo, quando a luz atinge essas células, os elétrons são liberados, processo que cria uma corrente elétrica que pode ser então utilizada para uma série de atividades. A geração de energia pode ser, portanto, On Grid, isso significa que o sistema é conectado à rede elétrica de distribuição pública. Ou, em outros casos, Off Grid, um sistema isolado voltado a abastecer somente uma residência, por exemplo. 

No Brasil, de acordo com a Absolar, a geração de energia solar centralizada encontra-se principalmente nessas regiões: Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, Ceará, Pernambuco, Goiás, Paraná, Mato Grosso e outros 17 estados. 

O consumo de energias renováveis está em ascensão no Brasil?

O Brasil faz parte das políticas mundiais de transição energética a partir do acordo de Paris. Essa transição possui foco em diminuir as emissões de carbono na atmosfera, responsável por causar o efeito estufa. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), entre as fontes utilizadas, quase metade de toda energia gerada no território brasileiro advém de fontes renováveis, sendo as principais: energia eólica, solar, hidrelétrica e biomassa. 

De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a eólica representa 10,9% da matriz elétrica brasileira. Além disso, conforme dados de 2020, a hidrelétrica representa 63,8% e a biomassa 8,9%. 

Hoje, por exemplo, o Ceará já conseguiu atrair R$ 10,2 bilhões para o setor de energia renovável, gerando 59.595 empregos. Atualmente, existem grandes projetos em andamento na região, como o Complexo Fotovoltaico de Tauá, com 192 MW e investimento de R$ 600 milhões, Usina Fotovoltaica Carnaúba, ocupando 626 hectares e gerando 325 empregos diretos, entre outros. 

Portanto, o Brasil encontra-se avançando significativamente no setor de energia renovável, possibilitando até mesmo comprar energia solar como uma alternativa para reduzir custos e aumentar a previsibilidade dos gastos com eletricidade, sem a necessidade de adquirir os equipamentos, dependendo da região. 

No fim, trata-se de um setor em ascensão. Com a matriz energética brasileira cada vez mais diversificada e limpa, a tendência para os próximos anos é que o Brasil torne-se um dos players principais nessa corrida.