Encontro Regional em Itapecuru-Mirim começa com reflexões sobre propósito, liderança e valorização no Judiciário
O 11º Encontro Regional do Poder Judiciário do Maranhão teve início nesta segunda-feira (3/11), em Itapecuru-Mirim, com uma programação marcada por reflexões e debates sobre propósito, liderança, valorização e cultura organizacional. O evento, que segue até a próxima sexta-feira (7/11), reúne magistrados/as, servidores/as das comarcas de Anajatuba, Arari, Cantanhede, Icatu, Morros, Rosário, Santa Rita, Vargem Grande e da sede Itapecuru-Mirim, promovendo integração e troca de experiências entre as diversas unidades judiciais e administrativas do polo.
A abertura oficial foi conduzida pela auxiliar da Presidência e coordenadora de Planejamento e Gestão Estratégica do TJMA, juíza Tereza Cristina Franco Palhares Nina. Em sua fala, a magistrada destacou a importância da escuta ativa e da construção coletiva alcançada ao longo das 11 edições do programa. “Quantas coisas nós aprendemos com vocês nesses encontros, essa troca de energia e conhecimento é o que nos fortalece como instituição”, afirmou, ressaltando o compromisso da atual gestão para o cuidado com as pessoas, marca do presidente do TJMA, desembargador Froz Sobrinho.
Logo após a abertura, os participantes foram convidados a mergulhar em uma jornada de autoconhecimento e reflexão com o workshop comportamental conduzido pelo professor Anderson Miranda, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Com uma abordagem dinâmica e provocadora, o professor trouxe à tona temas como liderança situacional, inteligência emocional, propósito no serviço público e superação pessoal.
Servir exige treino. Liderar exige inteligência emocional. E crescer exige sair da zona de conforto”, afirmou Anderson, ao compartilhar experiências pessoais e provocar os/as servidores/as a repensarem seus papeis diante das transformações sociais e tecnológicas.
A palestra também abordou a importância de aprender, desaprender e reaprender, além de destacar que o servidor público deve estar em constante evolução. O professor fez referência ao livro Outliers, de Malcolm Gladwell, para ilustrar a importância da prática e da dedicação na construção da excelência. “Para atingir expertise, são necessárias 10 mil horas de treino, além de oportunidade. Liderar é sobre conectar pessoas e torná-las melhores”, pontuou. A fala foi acompanhada por imagens, dinâmicas e metáforas visuais que reforçaram a mensagem de protagonismo e responsabilidade individual.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO TJMA
Na sequência da programação, a chefe da Divisão de Planejamento Estratégico do TJMA, Mariana Carneiro, apresentou a oficina “A Estratégia e o Prêmio CNJ de Qualidade”, destacando os pilares que sustentam o planejamento institucional do tribunal. Mariana reforçou a missão de promover a efetividade da justiça e a visão de ser reconhecido nacionalmente pela qualidade da prestação jurisdicional.
Alcançamos 100% de transparência no ranking deste ano, sem necessidade de recurso, o que demonstra o compromisso coletivo com a excelência”, afirmou.
- A palestrante também enfatizou a importância de internalizar os valores institucionais como inovação, diversidade e sustentabilidade, e semear a cultura do planejamento nas rotinas das unidades judiciais e administrativas. Durante sua apresentação, Mariana detalhou os processos de trabalho estruturados em quatro níveis: Governança e Gestão, Finalísticos, Suporte Finalístico e Suporte Administrativo, e apresentou os indicadores estratégicos que norteiam as metas do tribunal.
A política socioambiental, a acessibilidade e a gestão participativa foram destacadas como eixos fundamentais para o desempenho institucional. “O planejamento não é estático. Ele precisa ser dinâmico, adaptável e conectado às transformações sociais e tecnológicas”, pontuou, ao apresentar os desdobramentos dos pilares estratégicos em temas e objetivos que orientam a atuação do TJMA rumo à disputa do selo diamante do CNJ.
INTEGRAÇÃO REGIONAL
A diretora do Fórum da Comarca de Itapecuru Mirim, juíza Jaqueline Rodrigues da Cunha, destacou a relevância do evento para o fortalecimento da atuação judicial nas comarcas da região.
É uma honra, nós aqui da comarca de Itapecuru, recebermos o encontro regional promovido pelo Tribunal de Justiça. Nesse dia de hoje foram realizadas palestras com encontros de juízes e juízas do polo, servidores e servidoras, promovendo sem dúvida uma integração, aprendizado e troca de experiências”, afirmou.
Para a magistrada, os debates e reflexões compartilhadas ao longo do dia contribuem diretamente para o aprimoramento da prestação jurisdicional. “São palestras que vão engrandecer o nosso trabalho, de oferecer a melhor prestação jurisdicional possível”, concluiu.
- Além da magistrada, participam do 11º Encontro Regional no Polo de Itapecuru-Mirim, os juízes Celso Serafim (1ª vara de Itapecuru); Brenno Bezerra (comarca de Anajatuba); Azarias Cavalcante (comarca de Arari); e Geovane Santos (comarca de Morros); e as juízas Nivana Guimarães (comarca de Icatu); Vanessa Ferreira Lopes (1ª vara de Rosário); Clécia Monteiro (2ª vara de Rosário); Mara Carneiro Pessoa (comarca de Santa Rita); e Bruna Fernanda Costa (comarca de Cantanhede).
DIÁLOGO EXTRAJUDICIAL
À tarde, o corregedor-geral do foro extrajudicial, desembargador José Jorge Figueiredo dos Anjos, dialogou com os/as delegatários/as das serventias extrajudiciais do polo. Em sua fala, o magistrado apresentou um panorama do trabalho desenvolvido pela corregedoria para aprimorar os serviços cartorários no Maranhão, destacando ações estratégicas voltadas à melhoria da prestação extrajudicial e à indução de políticas de governança.
Ao lado de juíza e juiz auxiliar, corregedor dialoga com cartorários do polo de Itapecuru-Mirim
O corregedor ressaltou a importância da atuação orientada para resultados e para a entrega de valor à sociedade, reforçando o papel dos cartórios como agentes fundamentais na promoção da cidadania. O desembargador também abordou os desafios como interinidades prolongadas, baixa arrecadação, ausência de pessoal, capacitação e fragilidade tecnológica, além da necessidade de formação continuada e qualificação técnica dos operadores notariais.
