EaD: 4 mitos sobre a modalidade que cresce no Brasil
O ensino superior no Brasil está passando por uma transformação significativa, com a modalidade a distância (EaD) próxima do número de matrículas do modelo presencial. De acordo com os dados do Censo da Educação Superior 2023, a diferença entre as duas modalidades é de somente 150.220 matrículas.
Em 2023, o país registrou o total de 9,9 milhões de estudantes no ensino superior, sendo 4,9 milhões na modalidade EaD e 5,06 milhões no ensino presencial. No entanto, ainda existem mitos sobre as características desse formato de educação. Vamos esclarecer os principais equívocos e mostrar o que realmente acontece na prática.
EaD é menos desafiador do que o modelo presencial
Um dos erros mais comuns é a crença de que ele é mais fácil que uma graduação presencial. Os cursos remotos exigem um nível de comprometimento, dedicação e gerenciamento de tempo comparável, se não superior, aos cursos presenciais. A estrutura demanda que o aluno desenvolva habilidades de autogestão e disciplina.
É preciso ser proativo e participar ativamente de atividades online, fóruns de discussão e sessões de tutoria. Além disso, os materiais didáticos e as avaliações são tão desafiadores quanto os de um curso presencial.
Não existe interação entre alunos e professores
A verdade é que uma boa faculdade EaD está equipada com sistemas modernos de comunicação, como fóruns de discussão, chats, videoconferências e e-mails, responsáveis pela colaboração entre alunos, colegas, professores e a administração.
Muitos cursos ainda incorporam trabalhos e projetos em grupo. Essas atividades proporcionam aos alunos a oportunidade de trabalhar juntos, trocar ideias e aprender uns com os outros.
Não há valor e reconhecimento para um diploma EaD
Há um receio persistente em relação aos diplomas obtidos nessa modalidade não possuírem o mesmo valor que os presenciais. A realidade atual demonstra que instituições de qualidade oferecem cursos de alto nível, com diplomas respeitados pelo mercado.
A relevância está na reputação da instituição e na qualidade da formação, e não na modalidade de ensino. As empresas valorizam a capacidade de gestão de tempo e autonomia dos profissionais formados em EaD – competências essenciais no ambiente de trabalho dinâmico e flexível.
EaD não prepara os alunos para o mercado de trabalho
Os cursos são desenvolvidos com foco na aplicação prática do conhecimento, incluindo estudos de caso, simulações, projetos e até mesmo estágios supervisionados. Essas estratégias permitem que os estudantes adquiram experiência real antes mesmo de ingressarem no mercado.
Aliás, o formato remoto requer dos alunos habilidades que são cada vez mais valorizadas pelos empregadores, como autogestão, organização, domínio de ferramentas digitais e capacidade de trabalhar de forma independente. Em um mercado de trabalho cada vez mais moderno, esses conhecimentos podem ser um diferencial importante na busca por oportunidades profissionais.