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Do“né” ao “hein hein”: descubra como se livrar dos vícios de linguagem

Eles parecem inofensivos, mas se usados em excesso tornam a comunicação empobrecida e prejudicam a performance de quem precisa se expressar ou apresentar algo. Estamos falando dos vícios de linguagem, palavrinhas viciantes e muito usadas no dia a dia pela maioria das pessoas.

Giselle Moreira, especialista da escola de oratória Vox2you São Luís, destaca alguns fatores que justificam o uso frequente dessas expressões, sobretudo, em apresentações. “Entre as razões para o vício de linguagem estão o desconhecimento das regras gramaticais, uma má preparação para falar em público, ou o hábito de preencher o ‘silêncio’ durante uma preleção, além de uma organização deficiente na lógica e de vocabulário pobre, sem grande repertório, o que pode revelar ausência de leituras”.

Por essas e outras razões, eliminá-los do vocabulário é necessário para quem deseja ter mais sucesso no processo de comunicação e se fazer entender de forma mais clara. Para muitos, isso pode parecer difícil ou até mesmo impossível, mas fato é que dá para treinar a mente e eliminar de vez essas palavrinhas das nossas falas em reuniões, palestras e no dia a dia. 

Agora que já sabemos o que é e porque usamos esses cacoetes, chegou a vez de  eliminá-los do vocabulário de uma vez por todas. Confira abaixo o passo a passo ensinado pela  especialista em oratória!

Passo 1: Nada de ansiedade

Existem algumas práticas e exercícios que, se bem realizados, geram ótimos resultados. “O primeiro passo para que essa prática seja bem-sucedida é manter uma constância de treinos. Assim como no treino dos músculos do corpo, o cérebro também deve ser treinado.  A partir disso, você conquistará mais confiança e domínio daquilo que está fazendo ou falando, de maneira a esquecer a existência da ansiedade”, orienta.

Passo  2: Estudo nunca é demais

Sem dúvidas, o uso adequado das regras do nosso idioma impõe alguns desafios, pois a língua portuguesa é rica, mas complexa. Por isso, sempre que possível, procure se debruçar sobre o estudo do português e conhecer novas palavras e seus sinônimos, aumentando o seu repertório. “Ter o hábito de ler, consumir informações, seja em jornais, filmes, livros ou em músicas também irá ampliar o seu vocabulário e afiar a sua gramática”, recomenda.

Passo 3: Seja autocrítico

Como dissemos anteriormente, o cérebro não só pode como deve ser treinado. Mas agora, em vez de treinos para controlar a ansiedade, reserve alguns momentos da sua rotina para treinar como se fosse apresentar determinado assunto. “Estipule uma data e horário, organize-se e grave a sua apresentação. Ao terminar, assista à gravação quantas vezes for preciso. Repare se você utiliza muitos vícios de linguagem e grave novamente. Dessa vez, fique atento  para não repetir os mesmos erros”, ensina. 

Passo 4: Planeje a sua apresentação

Além de ensaiar sua performance, planeje como será a apresentação, ou seja, visualize quais serão os pontos de abordagem para fixar melhor as ideias e mentalizar o uso das palavras. Comece sabendo aonde deseja chegar, a que ponto quer conduzir o raciocínio do seu espectador, e vá construindo caminhos para traçar esse objetivo.

Passo 5: Seja simples e tenha clareza

Há quem acredite que, para uma apresentação ser levada a sério, é preciso usar um vocabulário complexo, rebuscado, recheado de palavras “difíceis” ou pouco conhecidas. A especialista em oratória explica que, na verdade, usar esse tipo de recurso só irá piorar o entendimento das outras pessoas, pois elas podem simplesmente não compreender o que você está falando, o que tornará a sua apresentação enfadonha e cansativa.