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Saúde

Dia Nacional da Saúde e as lições da pandemia pelos profissionais da linha de frente do HSLZ

O Dia Nacional da Saúde é celebrado em 05 de agosto e foi criado em 1967 pela Lei de No. 5.352 do Ministério da Saúde e da Educação e Cultura. A data marca o nascimento do sanitarista Oswaldo Cruz, por seu papel destacado no combate e erradicação das epidemias da peste, febre amarela e varíola no Brasil, no começo do século XX. Ele foi responsável pela criação da Academia Brasileira de Ciências e do Instituto Soroterápico Federal, atualmente conhecido como Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz cujo papel tem sido relevante na atual pandemia, com a fabricação de vacinas para combater a Covid19 no país.

Essa data tem como objetivo a conscientização da sociedade brasileira sobre a importância da educação sanitária, despertando na população o valor da saúde e dos cuidados para com ela.

Para os profissionais da linha de frente da área da saúde, que viram suas rotinas mudarem abruptamente com a pandemia, a missão de salvar vidas e restabelecer a saúde ganhou um novo significado desde então.

No Hospital São Luíz, mais conhecido como HSLZ ou Hospital do Servidor; unidade privada localizada na Cidade Operária e pertencente ao Grupo Mercúrio para o atendimento exclusivo de servidores estaduais contribuintes do FUNBEN, o Dia da Saúde tem gosto especial, de superação, união e de vitória.

Segundo o Diretor Geral do HSLZ Plínio Valério Tuzzolo, foram mais de 2.800 vidas salvas desde o início da pandemia pelas equipes do Grupo Mercúrio, que além do Hospital, contam ainda com unidades ambulatoriais e clínicas e com o Laboratório Lacmar.

“Enfrentamos o momento mais desafiador de nossas carreiras, mas conseguimos manter a garra e o equilíbrio emocional entre todos os nossos 1.500 colaboradores diretos e indiretos; e o mais importante, sem perdermos nenhum deles para a Covid19. Tivemos que superar o medo do desconhecido, os desafios logísticos e de suprimentos, ser criativos e inovadores, responder com velocidade às demandas e sempre trabalhando sob uma enorme pressão. Mas o saldo não poderia ser melhor, sinto que todo nosso time sairá fortalecido dessa pandemia, como grandes vencedores”, disse Tuzzolo.

A Coordenadora do CADH e unidades externas responsáveis pelo atendimento ambulatorial do Grupo Mercúrio Nalva Rodrigues já se sente uma vitoriosa:

“Esse é sem dúvida o momento mais desafiador de toda a minha vida e carreira. Mas apesar de todo o medo e inseguranças emocionais, eu sinto que sairei dessa pandemia mais segura, mais confiante e uma profissional bem melhor”, diz ela emocionada.

A Diretora médica do Grupo Mercúrio Dra. Sílvia Mochel lembra do quanto tem sido desafiador enfrentar uma doença tão nova:

“Tanto a minha vida pessoal e profissional sofreram mudanças importantes. O maior impacto pessoal foi ter que ficar distante da família e de amigos, isso foi muito difícil; assim como a vida profissional que exigiu a adaptação a novas e diferentes rotinas, além de nos obrigar a lutar contra o desconhecido e a termos uma nova realidade, bem difícil de se conviver. Medo, dúvidas e sofrimentos fizeram parte dessa jornada, mas a cada vida salva e a cada paciente com a saúde restabelecida temos a certeza de quem tem valido a pena estar nessa linha de frente, com nossas equipes trabalhando com muita determinação e profissionalismo”, pondera a médica.   

O médico Francisco Veras, clínico geral do HSLZ relata que a maior lição desse momento é a valorização do coletivo:

“Sem fé e sem Deus é impossível vencer os desafios impostos por essa pandemia. Nossa maior lição é o valor da união coletiva das diversas equipes multidisciplinares compostas por médicos, enfermeiros, técnicos, psicólogos, nutrição, pessoal da limpeza, enfim todos os profissionais do HSLZ são únicos e fundamentais. Somente juntos e unidos como um só time, e que inclui também os pacientes, é que podemos combater e vencer esse vírus”, reflete o médico.

O Diretor Administrativo do HSLZ Édem Lúcio Nicolau concorda que o espírito de união faz a diferença:

“Nosso maior desafio tem sido trabalhar contra o desconhecido. Mas isso também fez fortalecer o espírito de união e de coletividade entre nossos times. A grande lição que fica é que sem a coletividade não conseguimos trabalhar com sucesso. E no âmbito pessoal, o medo de perder entes queridos fez a sociedade rever suas prioridades nas relações familiares”, defende Édem.

A Diretora de Enfermagem do HSLZ, enfermeira Beatriz Rosa compara essa pandemia a uma grande guerra, similiar às maiores catástrofes mundiais já registradas em hospitais:

“Nossa capacidade de atendimento foi abalada pela grande demanda de pacientes da Covid19. Foi necessária a intervenção de gestores para a ampliação em tempo recorde do nosso espaço físico, e também uma grande remodelação de toda a estrutura do HSLZ, para que esses pacientes de Covid19 não ficassem sem atendimento, e para que fossem atendidos em áreas restritas, para não contaminar outros pacientes. O desconhecimento do vírus foi outro problema, precisamos nos armar de todas as defesas possíveis. As equipes tiveram que reaprender muitas coisas e sair da zona de conforto; desde o uso correto de EPI´s até a melhor forma de lidarmos com doenças infecto contagiosas. O mais importante disso tudo foi a empatia com familiares e paciente, que nos induziram a inovar e a desenvolver ainda mais as nossas práticas de humanização a exemplo da criação do projeto Gestos que Curam. Considero tudo isso um crescimento profissional, e também, pessoal, muito grande. Em suma, tem sido um grande exercício profissional que nos preparou e especializou de forma ímpar”, avalia Beatriz Rosa.

As dúvidas e perdas impostas pela atual pandemia deixam como principal legado a importância, e aos mesmo tempo, a fragilidade da vida humana; assim como o valor de cada profissional multidisciplinar que integra o sistema de saúde.

“Sairemos todos mais fortalecidos. Ao fim dessa pandemia, seremos melhores pois aprendemos a trabalhar mais em equipe, e de forma mais solidária. Nos despreendemos de questões fúteis para focar no que de fato importa. Esse enriquecimento pessoal e profissional será o legado positivo dessa pandemia”, declara Plínio Tuzzolo.