“Dia do lixo” compensa? Saiba o quanto essa prática pode “jogar fora” sua dieta
A semana de muitas pessoas focadas na estética física é cercada de esforço e sacrifício, baseada numa dieta regrada e rigorosa em prol da saúde e com o objetivo de manter o “shape” em dia. Porém, quando chega a sexta-feira é comum ouvir aquele: “Agora sim, vou meter o pé na jaca!”. A flexibilização do planejamento alimentar vem acompanhada de hambúrguer, pizza, batata frita, sorvete, frituras e outros conhecidos vilões da dieta. É o “dia do lixo”, ou dia livre da dieta, que muitas vezes vira final de semana livre e se estende até o domingo.
Mas esse hábito é válido ou pode ser mais uma perigosa armadilha para os planos de dieta? A nutricionista do Grupo Mateus, Katia Souza, ajuda a esclarecer os detalhes dessa prática tão comum no “sextou” dos brasileiros.
Riscos
A ideia do “dia do lixo” nasceu entre os fisiculturistas, que seguem uma alimentação extremamente restrita para manter a posição de atletas. Em pouco tempo, essa estratégia foi difundida por seguidores de regimes da moda e vem se tornando uma verdadeira febre.
Contudo, apesar de a alternativa ser considerada atraente, é preciso tomar alguns cuidados para que a estratégia de comer tudo o que quiser em um dia não se torne um tiro no pé. “A pessoa acaba gerando grandes expectativas em torno desse momento, o que, em alguns casos, leva à perda de controle e, consequentemente, à compulsão alimentar, colocando toda a dieta a perder. Sem contar que esse excesso pode trazer danos não apenas no ganho de peso, como também em retenção de líquidos e alterações intestinais. Isso compromete o bom funcionamento do organismo”, alerta a nutricionista Katia.
O ideal é propor não um dia inteiro livre, mas refeições pontuais. “Escolha apenas uma refeição daquele dia. Mas lembre-se: para quem está no início de uma reeducação alimentar e ainda tem um longo processo a seguir, o dia livre pode ser perigoso, uma vez que a pessoa acaba criando muitas expectativas em torno dessa folga e, às vezes, come em excesso, o que, depois, gera uma frustração que não contribui para o tratamento”, alerta.