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Dia do Artesão valoriza atividade de relevância econômica e cultural no Maranhão

Em 19 de março é comemorado o Dia do Artesão, data escolhida por ser dia de São José, santo reconhecido como padroeiro dos artesãos, trabalhadores de um setor responsável por movimentar o Turismo no Maranhão. 

“A data é uma justa homenagem a esta importante categoria profissional. Meus cumprimentos e agradecimentos a todos e todas que se dedicam ao artesanato, levando a cultura e as tradições do Maranhão para o Brasil e o mundo”, ressalta o secretário de Estado do Turismo, Catulé Júnior.

O gestor lembra que muitos pensam que fazer artesanato é apenas uma atividade para terapia, como lazer ou como hobby. “Obviamente, isso não está descartado, mas é necessário entender que o artesanato é um importantíssimo setor econômico do nosso estado.”

No Maranhão, existem atualmente 2.925 artesãos cadastrados no Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) e, nesta sexta-feira (18), quatro deles receberam a carteira de Mestre Artesão.

“Nos 217 municípios maranhenses têm artesãos, pessoas envolvidas de alguma forma no setor do artesanato. É extremamente importante ter essa data, para que possamos mostrar a importância do artesanato para a cultura e economia maranhense”, ressalta o coordenador do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) no Maranhão, Carlos Martins.

Reconhecimento

Ao atestar a importância da data, o gestor do Turismo, Catulé Júnior, frisa que tem a alegria de poder ajudar este importante setor, que gera empregos, renda e agrega valor aos produtos turísticos.

“Apoio, desde do início da minha gestão, além do Ceprama em São Luís, já inauguramos outros Centros de Artesanatos espalhados pelo Maranhão, que além fazer parcerias com prefeituras, disponibilizarmos espaço físico, auxiliamos na comercialização da produção artesanal com curso de qualificação e investimentos nos espaços”, salienta.   

Os Mestres Artesãos

O Mestres Artesão é um profissional que presa pelo controle de qualidade, que começa desde a obtenção da matéria prima e segue um rigoroso controle em todas as fases, desde a montagem até a embalagem do produto, qualifica a comunidade, tem trabalhos reconhecidos e produtos espalhados pelo mundo. 

Coordenador do PAB no Maranhão, Carlos Martins explica que são requisitos necessários para comprovação do mestre artesão: comprovar, através de depoimentos orais e outros documentos, a existência e a relevância do saber ou do fazer popular tradicional que representam ao longo da história; deter a memória indispensável à transmissão do saber ou do fazer; possuir atuação no Brasil há pelo menos 10 anos.

O título de Mestre Artesão se dá pela relevância do trabalho feito ao longo dos anos e a disseminação da cultura e dos saberes na comunidade. 

Douglas Lopes – Natural do município de Apicum-Açu, ganhou destaque e reconhecimento por trabalhar bastante a representação da cultura popular maranhense em seus trabalhos, como os bordados em couro de bumba-boi, peças de peitoral e peitilho em indumentárias de festas juninas feitos com miçangas e canutilhos. Além dos bordados, o artesão confecciona embarcações em miniaturas feitas com o buriti e boizinhos souvenir.

Marilene Pereira – Desde os 8 anos, ela faz renda de bilro, presidente da Associação das Rendeiras do município da Raposa e luta pela preservação do artesanato em bilro. Para ela é uma importância muito grande de ser reconhecida como mestre artesã. “Jamais eu iria imaginar que chegaria a ser mestra. Tudo que eu fiz e faço é preservar e ensinar a cultura e o legado que foi passado para mim, através da minha mãe. Espero que essa arte nunca venha acabar”, afirma Marilene.

Raimundo Coroinha – Mestre de Coroatá, trabalha há mais de 30 anos no artesanato na área dos santeiros, com esculturas em madeiras, pirogravuras e imagens religiosas místicas. Ele atua junto à comunidade repassando seu saber e mantém grupos de cultura popular.

Tânia Lúcia Soares – Do bairro Madre Deus, ela é uma exímia artesã bordadeira, que através de miçangas e canutilhos desenvolve sua arte. “Ser artesã do bumba-meu-boi é uma das maiores resistências da cultura popular maranhense, pois através do nosso trabalho conseguimos perpetuar os saberes para as próximas gerações”.

De acordo com o Programa do Artesanato Brasileiro, na Portaria Nº 1.007-SEI, de 11 de junho de 2018, o inciso 3º, considera-se mestre aquele artesão que se notabilizou em seu ofício, legitimado pela comunidade que representa e que difunde para as novas gerações conhecimentos acerca dos processos e técnicas do ofício artesanal.