Desmistificando tabus: sexualidade e câncer de próstata
A sexualidade é uma parte fundamental da vida e, diante de desafios como o câncer de próstata, é importante abordar o impacto que essa condição pode ter na intimidade. No Brasil, o número estimado de casos novos é de 71.730 para cada ano do triênio de 2023 a 2025. Além disso, vale lembrar que o câncer de próstata ocupa a segunda posição entre os tipos mais frequentes de câncer no país. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
O urologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Felipe Delgado, afirma que ao receber o diagnóstico, os impactos psicológicos e emocionais são grandes, gerando implicações ao paciente inclusive na área da sexualidade. Ele explica que, para que essa área funcione bem, é preciso que as funções hormonais e o aspecto emocional estejam em harmonia. “Condições como diabetes ou pressão alta, precisam estar controladas. Do contrário, acabam causando piora na função erétil. Há também as questões relacionadas à ansiedade e estresse, que impactam na função sexual”, explica.
De acordo com o especialista, é possível sim que o tratamento do câncer de próstata tenha impacto sobre a função erétil e a vida sexual do paciente, especialmente no tratamento cirúrgico ou por radioterapia. Nesse casos, a disfunção erétil pode comprometer de 5 e 20% desses pacientes. “No entanto, é importante compreender que avanços na medicina e abordagens de tratamento personalizadas têm contribuído para minimizar esses impactos. A comunicação aberta com profissionais de saúde também é crucial para enfrentar esses desafios”, pontua.
O urologista reforça ainda que, mesmo nesses casos, há tratamentos recomendados que podem trazer melhora para a vida sexual.“Procure o seu médico urologista, faça o acompanhamento regular. Saiba que existe o diagnóstico precoce com tratamento multidisciplinar com médicos, psicoterapia e medicamentos que podem permitir ao paciente manter a qualidade de vida sexual”, conclui Felipe.