O Maranhense|Noticias de São Luís e do Maranhão

"
Plantão

Deputados revelam preocupação com a greve no transporte público de São Luís

Na sessão plenária desta quarta-feira (30), os deputados Neto Evangelista (DEM), Yglésio Moyses (PROS), Fábio Braga (Solidariedade) e Duarte Júnior (PSB) teceram comentários sobre a greve do transporte público de São Luís, que já dura uma semana.

Evangelista reforçou que o aumento da passagem não deve ser uma opção para solucionar o problema. “Primeiro, porque a própria licitação do sistema de transporte permite um aumento por ano, o que já foi feito. E nós ainda estamos vivendo uma crise financeira causada por uma pandemia e de uma guerra que reflete aqui no Brasil”, justificou.

Subsídio

O parlamentar ressaltou, ainda, que o transporte público está há mais de um mês paralisando e, quando funciona, apenas 80% ou 60% da frota circulam. Para o deputado, o Governo do Estado e a Prefeitura deveriam se reunir para criar um subsídio a fim de que o sistema de transporte da capital maranhense volte a funcionar.

“É a população quem fica sem ter como ir para o trabalho ou impossibilitada de se deslocar para uma consulta ou outro serviço. Além disso, os pequenos empresários, que são os grandes empregadores da cidade, não têm como pagar outro sistema de transporte para seus funcionários. As pessoas estão sendo penalizadas”, completou Evangelista; 

O deputado Yglésio ressaltou que a Prefeitura deveria providenciar um subsídio para encerrar a greve. “A Prefeitura jogou o aumento de passagem para os cidadãos, mas não recompôs o subsídio. Logo, as empresas tiveram menos recursos para cumprir com os acordos trabalhistas”, frisou.

Investimento

Fábio Braga afirmou que, em outros lugares do mundo, houve investimentos no transporte público, a fim de obter um sistema rápido, seguro, moderno e eficiente para a população, mas tem observado que em São Luís o sistema está obsoleto em meio a essa evolução.

“Há mais de 40 dias a greve prejudica muito a população. Os maranhenses precisam de um transporte público eficiente, principalmente na capital. Pessoas que têm uma série de serviços a fazer estão tendo problemas de deslocamento. Precisamos encontrar uma solução viável”, afirmou Braga.

Impacto econômico

O deputado Duarte Júnior, por sua vez, mencionou o impacto econômico da paralisação. Para ele, a situação poderia ter sido resolvida preventivamente em janeiro de 2020, quando Eduardo Braide assumiu a Prefeitura de São Luís.

“Ele deveria ter promovido um diálogo a fim de fazer um reequilíbrio econômico desse contrato para que linhas que dão lucratividade a essas empresas também possam assumir linhas que estão dando prejuízos, assim como empresas que têm prejuízos na manutenção possam assumir linhas que apresentam lucros, porque nem todas as linhas do transporte público da nossa cidade apresentam”, explicou.

Segundo o deputado, outra alternativa preventiva seria o compromisso de pavimentar os trechos por onde as linhas de ônibus passam, uma vez que geram um custo maior para a manutenção dos veículos quando os ônibus são expostos a deformaçãoes no asfalto.

“O prefeito de São Luís deveria, logo no primeiro ano de mandato, ter apresentado a isenção ou redução da cobrança do ISS, como o prefeito de Maceió fez. Lá, como não se cobra o ISS, o prefeito conseguiu reduzir o valor da passagem”, sugeriu