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Crise econômica: a reinvenção como resposta à pandemia

A pandemia do novo coronavírus está afetando diretamente o mercado de trabalho atual, e mais mudanças virão quando o cenário voltar à total normalidade. Até lá, o setor econômico precisar lidar com diversos desafios, um deles é o fechamento de empresas.

Dados de um pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apontam que, durante a pandemia, cerca de 602 mil empresas fecharam as portas por conta da crise causada pelo coronavírus. Ainda de acordo com a pesquisa, 10,1 milhões de empresas pararam de funcionar temporariamente. 

Acostumada a preparar bolos de aniversários e casamentos, a confeiteira Cleudiane Marques viu seu negócio perder clientes por conta da pandemia. Com a suspensão de festas, para evitar a aglomeração de pessoas, a confeiteira passou a se perguntar como manter o negócio funcionando. “Eu não sabia o que fazer, era da venda dos bolos que conseguia ajudar nas contas de casa e sem essa renda a situação piorava”, lembra Cleudiane.

A solução encontrada pela microempresária foi a reinvenção do seu negócio. “No meio de toda a aflição pensei em inovar, foi quando encontrei na internet a saída. Criei uma conta no Instagram e comecei a divulgar meus produtos. Criei algumas publicações e comecei a interagir com o público, ensinando receitas e divulgando os bolos. Foi incrível! As vendas aumentaram e hoje faço entrega em vários bairros da capital”, conta orgulhosa.

Se a crise econômica foi vista como um obstáculo para muitos empreendedores, para outros o momento foi a oportunidade encontrada para montar o seu próprio negócio. O empresário Márcio Freire apostou na crise e criou um delivery de comidas típicas. Junto com a família, o jovem prepara o tradicional arroz de cuxá e geleias de frutas tipicamente nordestinas. “Esse já era um projeto que tinha em mente, mas só se concretizou na pandemia e tem dado muito certo”, conta o empresário.

Reinvenção que faz crescer

Nos mais diversos setores econômicos, a renovação de processos e de busca por clientes tem sido constante nesse cenário de pandemia. Para o mestre em Economia da Estácio São Luís, Diego Henrique Matos Pinheiro, independentemente do tamanho do negócio, é preciso que a inovação não seja passageira. “Inovar não é necessariamente implementar uma nova tecnologia, mas criar uma nova maneira de lidar com um problema, oferecendo uma solução rápida e que atenda as necessidades dos clientes”, pontua o economista.

Não basta apenas reinventar o negócio, é preciso manter  a transformação. “De nada adianta mudar sua estratégia de negócio se no final você voltar para o modelo antigo por não saber lidar com a transformação”, alerta.

Inovação na mão

Já não é segredo que existem oportunidades nascidas da adversidade. Mas antes de mudar é preciso conhecer os recursos tecnológicos disponíveis. A professora de administração da Estácio São Luís, Midori Oshima, lembra que hoje o trabalho em casa só é uma realidade graças à tecnologia. “Estude sobre os aplicativos ou plataformas que a sua empresa usa para auxiliar na produtividade do seu trabalho. Busque conhecer e aprenda a dominar a tecnologia que está à sua disposição”, aconselha.

Considerando que a transformação digital é um processo que melhora o desempenho, aumenta a competitividade e melhora os resultados de uma empresa, o Espaço Black Swan irá realizar na quarta-feira (26) o “Community Live BS: Pessoas em Transformação Digital”. O evento começa às 19h.
Na live, gratuita, o head de Marketing e Produtos em Fintechs e Startups Kléber Oliveira irá abordar como as pessoas podem ser impactadas no processo de transformação digital e o que costuma dar errado durante o processo de adaptação. As inscrições podem ser feita pelo site www.creativepack.org.