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Economia

Criptomoeda é lançada com proposta inédita de proteger a floresta amazônica, preservar áreas indígenas e apoiar ao empreendedorismo local

Enquanto a Amazônia registra índices de destruição recordes, segundo dados de monitoramento por satélite divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), está sendo lançado o token ZCO2, primeira “criptomoeda” brasileira com uma proposta de valor assertiva e tangível, que prevê: proteção da Amazônia Legal, preservação dos povos indígenas e suporte ao empreendedorismo local.  A iniciativa é uma parceria entre as startups Stonoex e AMZ. A expectativa é que a ZCO2 movimente cerca de R$ 20 milhões, com a venda de 480 mil tokens, até o final de 2021.

O ZCO2 é um criptoativo que atua em toda a cadeia produtiva que envolve, a princípio, a Amazônia Legal. Para começar, trata-se de um token estável, lastreado na emissão de créditos de carbono — que neutraliza as emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.  Por ser atrelado a uma commodity, o ZCO2 não sofre alta volatilidade em seu valor, como o bitcoin e outras altcoins. Ou seja: o valor do ZCO2 é, de maneira geral, proporcional ao preço do crédito de carbono no mercado.

Em tempo: o mercado de crédito de carbono teve origem em 1997, com o Protocolo de Kyoto, como um esforço conjunto entre os governos para desacelerar o aquecimento global.

Porém, colaborar para preservação do chamado ‘pulmão do mundo’, no caso da ZCO2 vai muito além da emissão de créditos de carbono e do modelo de compensação ambiental criado pelo Protocolo de Kyoto. É que o criptoativo ainda tem como meta contribuir para a preservação dos 190 povos indígenas da Amazônia Legal e, também, ajudar a fomentar o empreendedorismo na região. No total, a região é habitada por 23,3 milhões de pessoas que poderão ser atendidas direta ou indiretamente.

“A beleza do projeto ZCO2 é sua possibilidade de impacto real e direto, infelizmente não foi realizado até hoje nada parecido por nenhuma empresa custodiante de créditos de carbono no mundo”, diz o CEO da Stonoex Ricardo Azevedo.

“A Amazônia é composta por brasileiros ribeirinhos e indígenas que sofrem do mesmo problema: falta de infraestrutura básica e necessidade de escalar suas atividades econômicas”, explica Clynson Oliveira, CEO da AMZ. “Com o ZCO2, vamos contribuir para preservar a maior floresta tropical do mundo, e também apoiar os povos da região e empreendedores locais, favorecendo toda a economia ligada à conservação da floresta e seu bioma”, comemora.

Isso ocorre porque além de certificar regiões de conservação de floresta com a emissão de créditos de carbono, o ZCO2 também vai oferecer um percentual de seus rendimentos para apoiar ações de preservação da cultura indígena e de incentivo ao empreendedorismo local. Por exemplo, alguns dos beneficiados pelo ZCO2 são os índios Paiter Suruí, cujas reservas estão em Rondônia e no Mato Grosso, a Associação Indígena de Barcelos (AM) e o projeto musical Falcão Imperial, que atua no interior do estado do Amazonas (AM).

Além do token em si, toda empresa ou pessoa física que adquirir ZCO2 após uma análise de neutralização certificada receberá o selo ‘Save the Green’, um certificado de participação no projeto do criptoativo. O objetivo é tangilibilizar as ações dos que estiverem contribuindo com o projeto, que quer ir muito além.

“A ideia é termos uma moeda digital que atue em toda Amazônia Legal, sempre conectada com impacto positivo real e local”, explica Azevedo, da Stonoex. “Assim, quanto mais gente investir, mais teremos esse círculo virtuoso em operação”, acrescenta.

Na criação do ZCO2, a meta foi também minimizar seu impacto para o meio ambiente. Por isso, o token utiliza uma blockchain chamada PoC, que consome até 10.000% menos energia do que a PoW, e é uma das soluções encontradas para um dos principais problemas que a mineração de criptomoedas causa ao meio ambiente: o alto gasto energético.

O ZCO2 só será emitido após os projetos de crédito de carbono serem certificados pela metodologia eCarbono Social, o que vai garantir que não haja duplicação de tokens para o mesmo crédito de carbono gerado. A criação de tokens é ilimitada em capacidade, mas, ao mesmo tempo, limitada pela gestão baseada em governança e no desenvolvimento sustentável. É um token que atende a todos os requisitos ESG.

O novo token também poderá atender aos municípios da Amazônia Legal com futuros sistemas de pagamento. Para isso, o ZCO2 planeja ser transacionado por todos os estabelecimentos comerciais de qualquer município da Amazônia Legal, seja para pagamentos ou saques. “Isso aumentará o poder de compra das pessoas, pois diminuirá a necessidade de circulação de papel e do processo burocrático de abertura de contas bancárias nas instituições do sistema financeiro nacional”, avalia o CEO da AMZ. “A região possui uma imensa dificuldade de receber dinheiro de papel e seu respectivo saque”, lembra Oliveira.

O detentor dos tokens ZCO2 serão legalmente os donos do crédito de carbono registrado na blockchain PoC da Token ZCO2. Eles poderão saber exatamente a localização de onde foi gerado seu crédito e acompanhar a preservação e as medidas de benefício às comunidades locais, por meio de informativos oficiais e sistemas abertos e acessíveis de auditoria.

Para saber mais sobre a aquisição de ZCO2 tokens e do selo ‘Save the Green’, basta acessar www.stonoex.com,  https://zco2.io/ e https://savethegreen.world/brasil/

Sobre a Stonoex: exchange para o mercado de criptoativos, foi ciada em 2019 pela Marsalis Holding após a aquisição da Bomesp, startup pioneira no mercado cripto brasileiro.  Desde sua criação a Stonoex atua com foco na tokenização de ativos, os chamados backed tokens ou tokens com lastro. A empresa projeta, para 2021, a movimentação de R$ 2 bi em ativos digitais por meio de sua plataforma própria, no mercado brasileiro, e de plataformas parceiras, no exterior. A Stonoex é especializada em tecnologia blockchain com soluções para diversos mercados, entre eles o agro, o de mineração e real estate, entre outros.

Sobre a AMZ: startup criada em 2019 pelo empresário paraibano especialista em criptoativos Bruno Souza e pelo veterano militar coronel Clynson Oliveira com o propósito de gerar soluções sustentáveis e de rastreamento de cadeias produtivas para negócios de impacto socioambiental no blockchain.

Mais sobre a Amazônia Legal: corresponde à área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM delimitada no Art. 2o da Lei Complementar n. 124, de 03.01.2007. Nove estados – Acre, Amapá, Amazonas, e um total de 808 municípios compõe a Amazônia Legal.  Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão compõem a região. Hoje, a Amazônia Legal ocupa 5,1 milhões de km², equivalente a cerca de 60% do território brasileiro.