COVID-19: a importância da reumatologia à frente da pandemia
Especialistas holandeses e americanos já estão investigando o aumento de casos de trombose em pacientes graves acometidos pelo COVID-19. Não há uma explicação exata, pelo fato de a doença ser nova. Porém, para entrar no corpo humano, o vírus utiliza de receptores chamados ACE2, geralmente encontrados nos tecidos que revestem os vasos sanguíneos e a parte interna do coração, o que pode causar a coagulação do sangue.
Diante disso, Luiza Fuoco da Rocha, médica da Clínica de Reumatologia Prof. Dr. Castor Jordão Cobra – referência na área há mais de 75 anos, revela a importância de estudos e do atendimento reumatológico para os pacientes em estado grave. É necessário lembrar que o acompanhamento de um médico específico da área e a administração de anticoagulantes podem evitar futuras complicações, como exemplo a amputação de membros e até mesmo o óbito.
A coagulopatia adquirida associada ao COVID-19 é comum e multifatorial. Apesar da maioria dos eventos serem venosos, como embolia pulmonar e trombose venosa profunda, eventos arteriais como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico também são descritos relacionados à infecção grave pelo COVID-19. – Luiza Fuoco da Rocha
Alguns estudos sobre a temática, como o do Hospital São Paulo, publicado na revista British Medical Journal, revelam uma produção muito maior de citocina nos pacientes com essa infecção viral, causando inflamações e impedindo a circulação de sangue e oxigênio nos pulmões, o que pode no mínimo contribuir com a sensação e falta de ar.
A evolução para formas graves se correlaciona à resposta imune não controlada, o que causa lesão e disfunção das células dos vasos sanguíneos e pulmonares, comprometendo a oxigenação do sangue seja pela formação de micro trombos intravascular, perda da regulação do calibre vascular, ou por redução das áreas ventiladas no pulmão. – Luiza Fuoco da Rocha
O que dificulta o processo todo da utilização de anticoagulantes é a necessidade de cautela na prescrição, uma vez que os pacientes não deixam de ter comorbidades quando adquirem coronavírus, sendo assim, é necessário avaliar os riscos e benefícios.
Sobre a doutora: Reumatologista da Clínica Prof. Dr. Castor Jordão Cobra. Graduada em medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2005), Luiza Fuoco da Rocha tem especialização em Clínica Médica (UFRJ) e Reumatologia (USP). É doutora pela Faculdade de Medicina da USP, tendo defendido a tese: “Tradução e Validação do Questionário de Avaliação de Qualidade de Vida em Esclerose Sistêmica” (2013). Atualmente, Luiza compartilha uma rotina como médica em diversos locais de atendimento do serviço da Cobra Reumatologia e docente no Centro Universitário Lusíada.
Sobra a clínica: A Clínica de Reumatologia Prof. Dr. Castor Jordão Cobra foi inaugurada em 1944. Em todos esses anos, três gerações de médicos têm se dedicado ao estudo e ao tratamento das doenças reumáticas, contribuindo não só com a qualidade de vida de seus pacientes, mas com o fomento da especialidade. O fundador Prof. Dr. Castor Jordão Cobra desenvolveu métodos terapêuticos vanguardistas, que muitos anos depois ainda são estudados por especialistas. Atualmente, o serviço da Cobra Reumatologia é dirigido pelo neto do Prof. Castor, Dr. Jayme Fogagnolo Cobra, que expandiu os serviços prestados pela clínica liderando um grupo de mais de 40 reumatologistas que atuam em 8 hospitais de São Paulo, ABC Paulista e Santos, realizando mais 6 mil atendimentos por mês.