A Copa das Seleções “Vozes da Amazônia”, realizada entre 12 e 19 de outubro, foi marcada por momentos memoráveis que uniram esporte, cultura e causas ambientais. O evento, ocorrido no recém-reinaugurado Estádio Castelão, em São Luís, Maranhão, foi muito mais que uma competição esportiva, servindo como uma plataforma de integração e reflexão sobre a preservação da Amazônia e a valorização dos povos indígenas e quilombolas.

Seleção de Angola visita o Quilombo da Liberdade e fortalece laços ancestrais

Um dos momentos mais emblemáticos do evento foi a visita da Seleção Master de Angola ao Quilombo Urbano da Liberdade, no dia 15 de outubro. Os jogadores angolanos expressaram profunda emoção ao conhecer as tradições afro-brasileiras mantidas no quilombo, sentindo-se “em casa”. Essa interação celebrou os laços históricos e ancestrais entre Angola e as comunidades quilombolas do Brasil, destacando a importância de preservar essa herança compartilhada.

Painel Grito dos Povos: Mobilização para a COP30 e o futuro da Amazônia

Outro destaque do evento foi o Painel Grito dos Povos, que reuniu lideranças indígenas, quilombolas, representantes da UNE e da Ubes e representantes de organizações internacionais para discutir questões climáticas e a mobilização para a COP30, prevista para 2025 em Belém. A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e a deputada federal Célia Xakriabá destacaram a urgência de proteger a biodiversidade amazônica e a necessidade de políticas públicas para combater o desmatamento e as queimadas. O painel reforçou o papel do esporte como uma ferramenta poderosa para a conscientização ambiental.

Comunicação eficiente e ampla cobertura destacam a Copa

A excelência na comunicação das equipes organizadoras e a cobertura do evento foram fundamentais para o sucesso da Copa. As transmissões ao vivo, tanto dos jogos quanto das atividades extra campo, ampliaram a visibilidade internacional do evento. Além dos embates esportivos, as ações sociais e ambientais realizadas durante a semana foram amplamente divulgadas, atraindo a atenção de mídias especializadas e do público global, que acompanhou tanto os lances dentro das quatro linhas quanto as ações de impacto fora dos gramados.

Contribuição de Rafael Simões e jovens profissionais de Itapetininga fomenta produção audiovisual

Uma contribuição relevante para o sucesso do evento veio do empresário Rafael Simões e da equipe de profissionais audiovisual com jovens de Itapetininga, que desempenharam um papel fundamental na produção da comunicação da Copa. Simões, reconhecido por seu compromisso com o desenvolvimento local, compôs sua equipe com esses jovens profissionais de talento que foram para São Luís, oportunizando uma experiência prática e enriquecedora na organização do evento. Mais do que uma ação pontual, essa iniciativa se desdobrará em um projeto de oficinas de audiovisual em escolas e universidades de Itapetininga, ministradas pelos profissionais que participaram da Copa. Com isso, Simões reafirma seu investimento no futuro da cidade, capacitando uma nova geração a contribuir para o setor cultural e de comunicação da região.

Esporte como ferramenta de conscientização e transformação

Ao longo da semana, a Copa “Vozes da Amazônia” proporcionou diversas atividades culturais e educativas. Jogadores visitaram escolas locais e participaram de plantios simbólicos de árvores nativas, unindo jovens e atletas em prol da preservação ambiental. Com jogos emocionantes e discussões sobre sustentabilidade, o evento reforçou a importância da mobilização social através do esporte.

Brasil sagra-se campeão invicto com 100% de aproveitamento

Em campo, a Seleção Brasileira Master brilhou e sagrou-se campeã da Copa Vozes da Amazônia com uma campanha impecável, vencendo todos os seus jogos. Com grandes nomes do futebol como Sidão, Maicon, Anderson Polga, André Santos, Renato, Somália, Kleber Pereira, Geovane, Maurinho, Gabriel e Leandro, o Brasil não deu chances para os adversários.

Na primeira rodada, o Brasil superou o Uruguai e, na sequência, venceu a Argentina e a Angola. O Uruguai, que também venceu Angola e empatou com a Argentina, terminou a competição em segundo. A Argentina, por sua vez, venceu Angola, empatou com o Uruguai e acabou derrotada pelos brasileiros, garantindo o terceiro lugar. Já a seleção de Angola, apesar de suas boas atuações, não conseguiu vencer e ficou com a quarta colocação. A artilharia ficou a cargo do jogador da Celeste Uruguaia, Richard Nuñes com cinco gols marcados.