Competidores maranhenses se preparam para mata-mata em torneio nacional de robótica
BRASÍLIA – Neste sábado (15/03), inicia a fase do mata-mata no Festival SESI de Educação 2025, em Brasília. Competidores de 12 equipes maranhenses que disputam vaga para o campeonato internacional de robótica acertaram os últimos detalhes dos robôs e carrinhos de Fórmula 1 nesta sexta-feira. Um misto de expectativa de conquista de pódio para etapa internacional, ansiedade e muito trabalho resume o dia de competição dos estudantes das Escolas SESI São Luís e de Imperatriz e das equipes que integram o Projeto Prototipando Sonhos, uma iniciativa do SESI Maranhão.
O superintendente do SESI-MA, Diogo Lima, que integra a comitiva que acompanha os estudantes, disse que o dia de hoje foi de muito trabalho para os estudantes das quatro categorias disputadas. “Ontem eles passaram por processos avaliativos nas salas com os juízes e hoje o foco foi na arena. No sábado, saberemos a somatória desses dois momentos, o que vai resultar em classificações para as finais e os resultados de quem leva os troféus para casa”, explicou.
O Festival SESI de Educação é um dos maiores torneios de robótica do país. O campeonato engloba quatro categorias. A First Lego League Challenge (FLLC) foca em robôs iniciantes que usam tecnologia de lego e a First Tech Challenge (FTC) e a First Robotics Competition (FRC), que criam e operam robôs de médio e grande porte, respectivamente. Esses últimos robôs executam missões complexas que poderiam perfeitamente ser executadas no chão de fábrica de uma indústria de verdade. Por fim, na F1 in Schools, os estudantes projetam carrinhos de Fórmula 1 que brigam nas pistas para muito além da velocidade, já que as equipes trabalham com outros conceitos, como marketing e projeto social.
“Quando nós preparamos crianças e jovens nesse novo mundo, o mundo da programação, da construção complexa, da automação, estamos os preparando para os desafios presentes e futuros. Nós estamos vivendo a fase da Indústria 4.0 e estamos avançando. A cada dia que passa, os melhores empregos estão ligados à tecnologia, ao desenvolvimento desse novo modelo de produzir. E nós estamos fazendo algo divertido, lúdico, e ao mesmo tempo que engloba essas crianças e esses jovens nesse novo universo”, destacou Diogo sobre o universo de possibilidades que o aprendizado da robótica pode proporcionar.
EXPECTATIVA – Emelly Teixeira, competidora da equipe Colossus na modalidade FRC, compartilhou sobre a evolução da equipe desde o ano passado, quando eram iniciantes e enfrentaram dificuldades com o robô. Neste ano, a equipe se organizou melhor e desenvolveu um robô funcional chamado Mamba, que possui a capacidade de se pendurar e realizar missões. “Apesar de alguns desafios, como quebras de peças, a nossa equipe conseguiu resolver os problemas com a ajuda de materiais mais resistentes, como alumínio, e esse ano, também contamos com o apoio financeiro de patrocinadores para a construção do robô”, destacou a competidora.
Já Iara Dutra, da equipe Unimate, de FLL, detalhou que nessa modalidade as equipes são desafiadas a completar 15 missões em um tapete temático, incluindo tarefas como salvar tubarões e libertar baleias, em um tempo de dois minutos e meio. A temática desta temporada é ‘Submerged’ e está relacionada aos oceanos. “A principal dificuldade enfrentada pela nossa equipe é a adaptação às mesas da competição nacional, que possuem características diferentes das mesas do regional, além de ajustes na programação devido a variações de iluminação”.
Além do apoio de uma grande equipe do SESI Maranhão, os competidores contam com o incentivo dos pais. E alguns deles embarcaram para Brasília para acompanhar o torneio de perto. É o caso de Klayton Melo, pai de Frederico, integrante da equipe Dracarys, que já é veterano. Está pela segunda vez na etapa nacional do torneio, em Brasília. “A experiência tem sido enriquecedora, com Frederico demonstrando maior maturidade e envolvimento com a equipe em comparação ao ano anterior”, reconheceu os avanços. Ele elogiou a estrutura do SESI, onde o filho estuda desde os três anos, ressaltando a importância da robótica na formação dele. “Sou fã número 1 do Frederico e tenho entusiasmo em acompanhar sempre o meu filho em momentos significativos para ele”, finalizou.