O co-vereador do Coletivo Nós (PT), Jhonatan Soares, ocupou a tribuna da Câmara de São Luís, na sessão ordinária desta segunda-feira (18), para comentar a greve dos professores da rede municipal de ensino.

A greve teve início na manhã desta segunda, por volta das 8h, com concentração de integrantes da categoria na Praça Deodoro, no Centro Histórico.

Jhonatan Soares explicou que os professores reivindicam a atualização do piso salarial de 33,24% estabelecido em fevereiro deste ano, por meio de portaria da presidência da república. Ele ainda informou que se forem somadas as perdas salariais dos professores o reajuste deveria ser de 36,56%.

“Os professores carregaram a educação do município nos braços durante todo o período de pandemia, sem receber nenhum incentivo da gestão municipal. Eles estão em greve hoje por falta de gestão da prefeitura de São Luís”, comentou Jhonatan Soares.

O co-vereador questionou o motivo da gestão municipal não seguir o exemplo de outras gestões que estão lidando de uma forma melhor com a questão da educação. “Por que a prefeitura de São José de Ribamar consegue garantir o piso salarial estabelecido nacionalmente e a prefeitura de São Luís não consegue? Prefeituras de cidades menores conseguiram, em todo o estado, e São Luís não consegue”, disse.

Ele ainda destacou que a prefeitura da capital recebe o maior repasse do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) do Estado do Maranhão. “O repasse do FUNDEB da prefeitura de São Luís só aumenta, nunca diminuiu, e a prefeitura não pode pagar o piso aos professores”, pontuou.

Ainda em seu pronunciamento, Jhonatan Soares alertou que a falta de aulas acarreta o surgimento de outros problemas. “Quando as crianças estão fora da sala de aula estão jogadas a toda sorte. No período de pandemia, antes de iniciar as aulas de forma híbrida, aumentou o número de morte nas comunidades de crianças e adolescentes, aumentou o envolvimento de crianças e adolescentes no tráfico de drogas e aumentou também o número de crianças no trabalho infantil. A prefeitura de São Luís precisa, urgentemente, resolver essa situação da educação”, concluiu.