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Chaguinhas fala sobre revolução cultural e os impactos sociais

O vereador Francisco Chaguinhas (Podemos) utilizou a tribuna da Câmara Municipal de São Luís durante a sessão ordinária de hoje (25) para falar sobre revolução cultural e os impactos na sociedade. Na ocasião, um dos aspectos abordados pelo parlamentar foi o papel das universidades federais naquele contexto.

Ao iniciar o discurso no Pequeno Expediente, o parlamentar do Podemos explicou que a tribuna da Casa Legislativa é um espaço que pode ser utilizado para tratar de temas nacionais, estaduais e municipais. “Como a Casa é eclética, um dia você trata de assuntos de níveis nacional e estadual. Em outros, você discute temas municipais. E, assim, o poder Legislativo vai cumprido a sua missão”, assinalou Chaguinhas.

O parlamentar ainda acrescentou que a tribuna da Casa não é espaço apenas para discutir problemas, mas também é um espaço indicado para levar História e Cultura à sociedade. A partir disto, ele começou a discursar sobre revolução cultural e os impactos dela na sociedade.

“Temos uma revolução cultural no mundo que tirou o pé do freio e pisou no acelerador. Observamos que ela tem que ter saldo e ele pode ser positivo ou negativo. Temos observado a forma como está o ensino na América Latina, desde o ensino fundamental até o superior. E vemos que estamos com o pé no freio. A juventude, que é primavera da sociedade e onde reina toda a energia para fazer qualquer tipo de transformação, está sendo envolvida e sucumbida nessa revolução cultural”, observou Chaguinhas.

Ele ainda afirmou que a citada revolução cultural tem promovido desconstrução social gradativa sem questionamento social. “Observa-se o absurdo sendo matéria prima para estilos, hábitos, conceitos e costumes. Isso mostra que engatamos marcha a ré e que estamos sem freio para chegar ao abismo. Há desconstrução gradativa e sem questionamento do que está posto há anos na sociedade. Existe uma revolução cultural feita na base da ‘empurroterapia’. Tem que empurrar de qualquer jeito para as pessoas e sem questionamento. Às vezes, sem prova científica do que acontecerá”, pontuou Chaguinhas.

O parlamentar exemplificou a situação ao abordar a descriminalização de drogas. Ele falou dos problemas sociais já existentes com as drogas lícitas, questionou os

impactos da eventual liberação de outras substâncias químicas e defendeu a realização de revolução cultural com responsabilidade.

“Respeito o ponto de vista de todos, mas quando um partido político defende a descriminalização de drogas nos causa pavor. Se fumo e álcool, que são drogas lícitas, já causam grandes problemas sociais, imagina liberação de maconha, crack e cocaína, principalmente para jovens. Isso não serve para crescimento intelectual e nem da fé. É atrofiamento da sociedade. E esses fatos repetitivos na sociedade se tornam cultura dela. Portanto, é importante que haja revolução, mas com responsabilidade”, observou Chaguinhas.

Ao longo do discurso, o parlamentar também falou sobre as universidades federais e disse que as referidas instituições têm promovido um protagonismo caracterizado por ele como “de meia tigela”.

“Elas têm protagonismo para criar um mundo novo de oportunidades na sociedade, mas esse protagonismo tem sido de meia tigela. E não deve ser. Tem que ser de copo cheio. Isso tem trazido para a América Latina o asfixiamento do grande desenvolvimento que deveríamos ter. As universidades hoje preparam as pessoas para fazer concurso e tentar viver do Estado, seja na esfera federal, estadual ou municipal. Pouco se faz para que as pessoas voltem para a iniciativa privada e, aí sim, faça estabelecer novos horizontes”, assinalou o parlamentar do Podemos.

Por fim, o vereador do Podemos externou uma preocupação sobre as mudanças sociais que a revolução cultural explanada por ele pode provocar na sociedade. Chaguinhas também deixou uma sugestão às universidades federais.

“Nossa preocupação como conservador é a alteração de estilos, hábitos e conceitos que deram certo por séculos. Nesse sentido, faço um apelo às universidades federais. Elas precisam estar com a cabeça aberta para ouvir conservadores de direita e ouvir radicais de esquerda. É disto que nasce o desenvolvimento pujan