Centros Socioeducativos realizam palestra educativa sobre Janeiro Roxo

Em alusão ao Janeiro Roxo, mês da Campanha Nacional de Combate e Prevenção para o tratamento precoce e enfrentamento à hanseníase, os Centros Socioeducativos de Semiliberdade de Timon e o Sítio Nova Vida, Unidades da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), realizaram palestra com objetivo de orientar sobre a doença, bem como dialogar com os socioeducandos e profissionais da socioeducação sobre os cuidados com a saúde da família. A palestra foi ministrada em Timon, por Claudenir da Silva, assistente social e voluntária do grupo Movimento de reintegração de pessoas atingidas pela Hanseníase (Morhan) e, em Paço do Lumiar, pelo enfermeiro do Centro, Eric Raposo e o enfermeiro convidado, Josué Teixeira.

De acordo com Claudenir, a palestra teve cunho preventivo e educativo. “Aproveitamos o momento para orientar os socioeducandos sobre os cuidados com a saúde e principalmente para que fiquem atentos ao aparecimento de manchas na pele que podem afetá-los ou aos familiares”, comenta.

Um dos alertas na ocasião foi que a hanseníase tem cura, mas pode causar incapacidades físicas, se o diagnóstico for tardio ou o tratamento não for realizado adequadamente no período recomendado pelo médico. Por isso, o tratamento deve ser iniciado logo após o diagnóstico. O adolescente fala da importância da atividade. “Aprendi que é uma doença contagiosa, que tem cura. Se a pessoa iniciar o tratamento de forma rápida, cancela o agente transmissor”, declara.

A psicóloga, Dannyara Aguiar, fala que a atividade em alusão ao Janeiro Roxo vem para quebrar os estigmas da doença na sociedade. “As pessoas que tinham hanseníase sofriam muito estigma, preconceitos, eram levadas para outro local, ficavam isoladas. Isso trazia muito impacto no psicológico das pessoas acometidas pela doença. Fazendo com que eles ficassem cada vez mais isolados da população. Atualmente, o preconceito ainda existe e a palestra veio para desmitificar esse preconceito e as formas de prevenção”, afirma.

A hanseníase é uma doença crônica e infectocontagiosa, causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae). A doença não é hereditária e a evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada. Ao sinal dos primeiros sintomas como manchas brancas ou avermelhadas na pele e perda de sensibilidade, deve-se procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima.