Centro Socioeducativo da Funac realiza círculo restaurativo com servidores de Timon
A Fundação da Criança e do Adolescente (Funac) tem realizado a preparação de acolhida dos servidores que estão afastados por fazerem parte do grupo de risco. A equipe do Centro Socioeducativo de Semiliberdade de Timon (C.S.S.T) realizou um círculo restaurativo com o tema “Como estou me sentindo em tempos de pandemia”, para que pudessem expor como se sentem no distanciamento social. Após o círculo, a direção conduziu as pautas de portarias e alinhamentos de trabalho.
A presidente da Funac, Sorimar Sabóia, reforça que os profissionais que atuam no sistema socioeducativo também são atores da situação provocada pela pandemia da Covid-19 e precisam estar fortalecidos no retorno ao trabalho. “É necessário ter uma escuta empática sobre a própria equipe, e os círculos restaurativos proporcionam isso. É o momento de acolhida para os servidores que podem estar vivendo ou viveram sob medo e perdas”, afirma.
De acordo com o diretor, Diogo Rogério foi muito importante envolver todos os servidores na reunião, o que favoreceu uma maior participação e integração de todos. “A volta ao trabalho de forma plena é muito relevante para o socioeducando que retoma sua rotina pedagógica dentro do Centro e restabelece um laço com a medida socioeducativa ao participar de atividades nos eixos da educação, esporte, cultura e lazer, além das oficinas e diversos projetos que estão sendo implementados. Válido destacar que toda a equipe do Centro está atendendo aos cuidados de higiene e proteção como uso de máscara e álcool gel para ofertar um serviço de forma segura”, afirma Diogo.
A coordenadora técnica do CSST, Layza Lima ,ressalta que toda a equipe se sente muito grata por poder retornar aos trabalhos na Unidade. Ela avalia ainda o círculo restaurativo como um momento rico onde todos puderam expor seus sentimentos.
“Avalio a volta do trabalho de forma positiva por ser um serviço essencial e as famílias e os adolescentes precisam do nosso trabalho. Nesse período tivemos algumas reincidências no momento em que não estávamos funcionando de maneira efetiva. A volta do trabalho é essencial para a ressocialização dos socioeducandos e acompanhamento com eles. Incluir as práticas restaurativas para sentir e ouvir os servidores, de como eles se sentem e como se sentiram, nesse período de distanciamento em que estávamos com os trabalhos parcialmente parados foi um momento muito importante para ouvir cada servidor que quis participar do círculo”, declara Layza.
Os servidores ressaltaram a importância do retorno às atividades para todos que fazem parte do sistema socioeducativo, que é um trabalho essencial e não parou por conta da pandemia. “A volta das atividades é importante para todos nós, vermos a unidade em seu total desenvolvimento para a real função da socioeducação é gratificante para todos, dentro dos cuidados com os protocolos de segurança, diante da real situação que estamos passando, o círculo restaurativo foi excelente, o momento de poder expressar o que sentimos”, destaca o supervisor, David Alencar.
Para a servidora Leiliane Monteforte, o retorno ao trabalho é de importante para o bom andamento do atendimento aos socioeducandos. “Com a rotina da casa é possível exercer um trabalho mais eficaz na vida dos adolescentes e familiares. Pudemos perceber que em um círculo de conversa muitas questões ficam mais esclarecidas. Quando paramos para compartilhar um momento como este é que percebemos o quanto é importante o diálogo com os servidores para que em equipe possamos crescer cada vez mais”, pontua Leiliane, auxiliar administrativa.
Serviço de Atendimento ao Servidor (SAS)
Na Funac, há um trabalho sistemático de escuta voltado aos servidores, que é o Serviço de Atendimento ao Servidor (SAS). Por conta do distanciamento social, o atendimento está sendo realizado pelos canais remotos. Foram realizados, de março até agora, mais de 300 atendimentos.
“O serviço é fundamental para ouvir os servidores e saber como estavam se sentindo nesse momento de pandemia, como está o retorno ao trabalho presencial e as dificuldades enfrentadas no período de pandemia,” conta Sorimar Sabóia.