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Capitalização ganha transparência com Open Finance

A transformação digital no setor financeiro vem mudando a forma como os brasileiros lidam com o dinheiro. Da conta bancária aos empréstimos, cada vez mais operações passam a ser integradas em plataformas abertas, que facilitam a comparação de serviços e fortalecem a educação financeira. Esse movimento tem como marco o avanço do Open Finance.

Enquanto a transparência ganha espaço, produtos tradicionais seguem em destaque. É o caso dos títulos de capitalização, que continuam atraindo clientes em busca de sorteios e disciplina de poupança. A popularidade contrasta com a baixa rentabilidade, mas reforça a importância de ferramentas que ajudem a avaliar com clareza as opções disponíveis.

O que são títulos de capitalização

Os títulos de capitalização estão entre os produtos financeiros mais conhecidos no Brasil. Funcionam como uma espécie de poupança programada: o consumidor paga mensalidades e, em troca, participa de sorteios, podendo resgatar parte do valor ao fim do contrato. Eles não devem ser confundidos com investimentos, já que não oferecem rentabilidade.

Mesmo assim, esse produto segue atraindo milhões de brasileiros, principalmente pelo apelo dos sorteios e pela disciplina de poupança que promove. O avanço do Open Finance, no entanto, tende a mudar esse cenário ao ampliar a transparência e a possibilidade de comparação entre diferentes opções. 

A partir do Open Finance, consumidores conseguem visualizar de maneira mais clara os custos, os prazos e os potenciais benefícios, colocando lado a lado alternativas como poupança, CDBs, previdência privada e capitalização, por exemplo.

Crédito consignado digital mostra força da modernização

A lógica da clareza também já se reflete em outros produtos financeiros. Um exemplo é o crédito consignado. Mais de R$ 15,7 bilhões em contratos antigos de convênio foram migrados para a Carteira de Trabalho Digital do Crédito do Trabalhador, segundo o secretário de Políticas de Proteção ao Trabalhador, Carlos Augusto Simões Gonçalves.

Esse movimento simboliza a transição para plataformas digitais mais acessíveis e organizadas. Assim como ocorreu no crédito consignado, o Open Finance tende a ampliar a clareza em diferentes produtos financeiros, permitindo a identificação de condições mais justas e adequadas às necessidades de cada perfil.

A mudança reduz as assimetrias de informação que, historicamente, favoreceram apenas as instituições. Com mais transparência, cria-se um ambiente em que decisões financeiras podem ser tomadas de maneira mais equilibrada e consciente.

Capitalização e transparência financeira

A digitalização do sistema financeiro aponta para um cenário em que informações antes restritas passam a ser acessíveis, de forma simples e organizada. Isso representa mais clareza para o consumidor e maior competitividade entre instituições.

No caso da capitalização, a transparência permite reconhecer seu papel como instrumento de disciplina de poupança, sem criar falsas expectativas de rentabilidade. Assim, escolhas financeiras podem ser guiadas por critérios mais objetivos e alinhados ao perfil de cada pessoa.

O avanço do Open Finance reforça essa mudança estrutural, abrindo espaço para um mercado mais equilibrado. Ao integrar dados e ampliar a comparação entre produtos, o sistema fortalece a educação financeira e contribui para decisões mais conscientes em longo prazo.